Congelamento salarial de servidores e manifestações populares são assuntos da Tribuna Virtual

Congelamento de vencimentos está previsto na Lei Complementar federal 173/2020
03/06/2020 16:42 | Plenário | Maurícia Figueira - Foto: Carol Jacob / Reprodução TV Alesp

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O congelamento dos salários dos servidores públicos de todo o país foi o assunto inicial da Tribuna Virtual desta quarta-feira (3/6). A medida foi oficializada com a sanção pelo presidente da República da Lei Complementar 173/2020, que estabelece ajuda financeira da União para os estados e municípios. "Essa lei complementar colocou como contrapartida congelar os salários dos servidores públicos de todo o país. Paulo Guedes falou que colocou uma granada no bolso dos funcionários públicos. Foi isso que fizeram com essa lei, que congela não só o aumento dos salários, mas quinquênio, sexta-parte, reposição de perdas inflacionárias", comentou o deputado Carlos Giannazi (PSOL). Para o parlamentar, o presidente deveria taxar as grandes fortunas e lucros e dividendos. "O Brasil e a Lituânia são os únicos países que não possuem taxas em cima de lucros e dividendos".

Em seguida, a deputada Janaina Paschoal (PSL) informou que, embora tenha divergências com o presidente Bolsonaro, não vai assinar nenhum dos manifestos contra ele. "Não assinei e não assinarei porque estou achando muito estranho tudo que está acontecendo no país. Quando dei início ao processo de impeachment da presidente Dilma, o PT estava no poder, cometendo os maiores desmandos, havia 12 anos. Estamos falando de um governo que está no poder há um ano e meio. Não consigo apontar nenhum crime sequer, não consigo entender que haja provas de uma interferência real. Não vejo elementos para querer afastar o presidente".

Contrariamente à deputada, Carlos Giannazi afirmou que apoia "todos os manifestos que pregam a democracia, a liberdade de imprensa, o respeito à República e, sobretudo, os movimentos pelo impeachment do presidente Bolsonaro". Giannazi considera que está em curso uma escalada autoritária no Brasil e citou como exemplo fala do ministro Celso de Mello. "O ministro disse que estamos vivendo um momento pré-nazista no Brasil".

Giannazi também manifestou preocupação quanto à educação de jovens e adultos no Estado de São Paulo. "Estamos encerrando o primeiro semestre, no entanto as secretarias de educação, tanto estadual, quanto municipal, não estão fazendo a divulgação das matrículas para o segundo semestre". Ainda sobre educação, Giannazi pediu providências da Secretaria Municipal de Educação para mudar a forma de distribuição das cestas básicas que estão sendo distribuídas nas escolas. "Mais uma vez o prefeito coloca em prática uma política genocida, que expõe as pessoas à contaminação".

Ucranização

De volta à Tribuna Virtual, Janaina Paschoal comentou os movimentos pró-Bolsonaro que ocorreram no país. Muitos dos manifestantes falam em ucranizar o Brasil. "Quero que vocês constatem que a revolução que ocorreu na Ucrânia em 2013 derrubou muito sangue. Houve uma reação das forças de segurança absolutamente desproporcional, houve muitas mortes. Ucranizar o Brasil, à luz do que aconteceu no passado recente na Ucrânia, é ter conflito na rua, é ter guerra civil. E não quero isso no meu país". Janaina Paschoal afirmou que acredita nas revoluções com base na lei. "Quero que os apoiadores do presidente que pregam a família, a preservação dos princípios, o conservadorismo, entendam o que esses jovens querem dizer com ucranização", ressaltou. Paschoal lembrou também que a revolução na Ucrânia tirou a esquerda do poder. "Estamos num país em que a direita está no poder, então não consigo ver lógica nos apoiadores do presidente". A deputada contestou a veracidade do apoio desses jovens ao presidente. "O comportamento deles é incompatível com o que é verdadeiramente uma democracia e com o que deveria ser ostentado por verdadeiros apoiadores", finalizou.


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