Sobreviventes da bomba de Hiroshima recebem Colar de Honra ao Mérito


11/02/2019 16:27 | Homenagem | Fabio Donato - Foto: Marco Antonio Cardelino

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Apresentação do grupo de taiko <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2019/fg230001.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Público presente<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2019/fg230002.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Yoshiharu Kikuchi, Satoshi Morita, Pedro Kaká e Paulo Nassif<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2019/fg230003.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O deputado Pedro Kaká (PODE) homenageou, na última sexta-feira (8/2), os sobreviventes ao ataque com uma bomba atômica em Hiroshima, no Japão. Em 6 de agosto de 1945, no final da Segunda Grande Guerra, a cidade foi bombardeada pelos Estados Unidos, resultando cerca de 150 mil mortos. Nagazaki também sofreu um bombardeio, três dias depois.

Os sobreviventes Takashi Morita, Kunihiko Bonkohara e Junko Watanabe receberam o Colar de Honra ao Mérito Legislativo. Também receberam a honraria os nipo-brasileiros Rogério Nagai e Pedro Yano.

Em seu discurso, o ex-soldado japonês Takashi Morita agradeceu a homenagem e contou um pouco sua história. "Eu tenho 95 anos de idade. Estou muito emocionado, muito obrigado aos brasileiros. Precisamos muito de paz, desse pensamento. Na época eu era soldado da Polícia Militar. Estava andando na rua quando a bomba caiu a 1,3 quilômetro de mim. A cidade de repente estava tomada pelo fogo. Em 73 anos, não me esqueci. Graças a Deus eu tenho sorte, minha vida parou só por dois anos. Nunca mais o mundo deve ter pensamentos [desse tipo], e guerras não devem mais acontecer."

Junko Watanabe, 75, sobreviveu quando ainda era criança. "Primeiro eu agradeço muito, é uma honra essa homenagem. Para mim é muito importante. Como vítima da bomba atômica, eu não tenho memórias do que aconteceu aquele dia, eu tinha só dois anos, mas tenho o sentimento do que deve ter acontecido. Este sentimento tem de transmitir para as outras pessoas principalmente a paz, para que essas coisas nunca mais se repitam. Durante muito tempo, meus pais não falaram nada, eu não soube de nada. Meus pais também eram vítimas e não tocaram no assunto, acho que pela discriminação, até hoje."

Pedro Kaká falou sobre a importância de lembrar a data e homenagear os sobreviventes. "O evento é uma bandeira pela paz. O passado tem de ensinar o nosso presente, rumo a um futuro de paz e união."

Além dos homenageados, estiveram presentes à mesa o cônsul do Japão Satoshi Morita e Yoshiharu Kikuchi, presidente do Comitê Executivo da Comissão de Comemoração dos 110 anos da Migração Japonesa no Brasil.

Durante a cerimônia, houve uma apresentação de grupos de taiko, instrumento de percussão japonês.


alesp