A Assembleia Legislativa e a saúde pública no Estado ao longo da história: Faculdade de Medicina de Botucatu


14/05/2021 18:08 | Alesp e as instituições públicas de saúde | Maurícia Figueira

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Principal instituição pública vinculada ao Sistema Único de Saúde (SUS) da região de Botucatu, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) atende mais de dois milhões de pessoas dos 68 municípios da região.

O HCFMB está em terceiro lugar em número de atendimentos no Estado de São Paulo, segundo relatório geral dos hospitais públicos de São Paulo publicado pelo Tribunal de Contas do Estado no início de 2020.

A matéria desta semana sobre a Assembleia Legislativa e a saúde pública do Estado ao longo da história se dedica à Faculdade de Medicina de Botucatu e ao HCFMB.

Logo no início da atual pandemia, o HCFMB foi reestruturado para dar conta da demanda e para minimizar os riscos de contaminação entre infectados e pacientes com outras doenças. A diretora do Departamento de Assistência à Saúde do HCFMB, Érika Ortolan, afirmou, no documentário "Pandemia: um registro pelos olhos do HCFMB", que o pronto-socorro "foi totalmente redesenhado com uma entrada mais rápida de pacientes com sintomas gripais para evitar encontro de pacientes não-Covid com pacientes possíveis ou já confirmados com Covid".

O isolamento de casos suspeitos foi um desafio inicial, pois os exames para detectar o coronavírus não eram feitos no hospital e os resultados demoravam a ficar prontos. A situação melhorou quando, duas semanas depois da primeira internação por Covid-19, o laboratório de Biologia Molecular do HCFMB foi credenciado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo para a realização de exames de diagnóstico da Covid-19.

Inovação social

Uma das preocupações era o contágio dentro do hospital. Para minimizar o problema, os profissionais do HCFMB desenvolveram o programa interno de rastreamento da Covid-19 em agosto de 2020. O programa se baseia em dois pilares: declaração diária de sintomas entre os funcionários e rastreamento de possíveis infectados entre pessoas assintomáticas.

O rastreamento é feito com exames em conjunto. Funciona assim: em vez de realizar exames individualmente para detectar assintomáticos e pré-sintomáticos, são coletadas amostras de saliva e, a cada conjunto de 15 amostras, o grupo é analisado. Caso dê positivo, as 15 amostras são reprocessadas individualmente para detectar qual era o exame positivado.

A metodologia ganhou o certificado de Inovação Social da Agência Unesp de Inovação, que permite o uso da tecnologia pela sociedade. O método reduz os custos dos exames, por fazê-los em conjunto, e permite isolar casos positivos assintomáticos, evitando novas contaminações.

A instituição

A Faculdade de Medicina da Unesp é uma das mais concorridas do país. Foi criada em 1962 pela Lei 6.860/1962, que também criou o Hospital das Clínicas vinculado à faculdade. A aula inaugural da Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (FCMBB) ocorreu no dia 26 de abril de 1963. Já o hospital foi inaugurado em julho de 1967.

A Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (Unesp) foi criada pela Lei 952, de 1976, quando a FCMBB foi desmembrada em quatro unidades: Faculdade de Medicina de Botucatu, Instituto de Biociências, Faculdade de Ciências Agronômicas e a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia.

Fazem parte do complexo HCFMB: o próprio Hospital das Clínicas, o Hospital Estadual de Botucatu, o Serviço de Atenção e Referência em Álcool e Drogas (Sarad), o Hospital Dia da Aids, o Centro de Saúde Escola e Pronto-Socorro pediátrico e adulto.

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