Escolas da zona sul recusam implantação do PEI

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20/06/2022 14:43 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi

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Carlos Giannazi em visita à EE Paulino Nunes Esposo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2022/fg288580.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

No dia 7 de junho, Carlos Giannazi (PSOL) visitou duas escolas da zona sul de São Paulo que, apesar da pressão exercida pela Diretoria de Ensino Sul-3, disseram não à implantação do Programa Ensino Integral (PEI). "Essas escolas foram indicadas por sua diretoria de ensino para se tornarem PEIs, e, como vem acontecendo em muitas outras escolas, seus conselhos passaram a ser pressionados e ameaçados para que aceitassem a inclusão da unidade nesse projeto autoritário e excludente", afirmou o deputado.

Na escola Paulino Nunes Esposo, em Parelheiros, pais, alunos e professores organizaram sua resistência e pela terceira vez o conselho de escola se reuniu e rejeitou categoricamente a proposta. E não faltam motivos para isso. O primeiro deles é que menos da metade dos atuais alunos permaneceriam na escola se ela virasse PEI. Também haveria redução no número de docentes. Projetos especiais, como o centro de línguas mantido pela escola, iriam simplesmente acabar.

O fim das turmas de EJA no período noturno seria especialmente prejudicial, porque ali perto há um Cieja da prefeitura, onde os estudantes concluem o ensino fundamental, e, pela proximidade, o Paulino Nunes Esposo é a opção natural de matrícula para que aqueles alunos possam prosseguir no ensino médio.

Também na escola Levi Carneiro, no Jardim Myrna, a comunidade se organizou e refutou a farsa da escola integral. "Esse é um programa eleitoreiro, que Doria pretendia usar como vitrine em sua campanha para presidente. Agora é Rodrigo Garcia que quer dizer que implantou 3 mil PEIs. Mas com que qualidade? E os alunos que trabalham e passaram a estudar mais longe de casa? E aqueles que tiveram que deixar de estudar?", questionou o parlamentar.

alesp