Audiência Pública discute a queda da cobertura vacinal contra a poliomielite na Alesp

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24/11/2023 17:00 | Atividade Parlamentar | Da Assessoria da deputada Solange Freitas

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A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo sediou, nesta quinta-feira (23), uma audiência pública para tratar sobre a queda da cobertura vacinal contra a poliomielite.

O evento foi solicitado pela deputada Solange Freitas e pela Fundação ABRINQ (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos). Participaram dos debates a Dra. Karina Ribeiro, epidemiologista na Sanofi, Dra. Brigina Kemp, Assessora Técnica de Vigilância em Saúde - Conasems (Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde) e Dra. Ana Paula Valeiras, Chefe de Departamento de Vigilância em Saúde de Santos. Além delas, representantes da Secretaria de Saúde do Estado.

A poliomielite é altamente contagiosa e a única maneira eficaz de prevenir a doença é a vacina. Mas dados do Observatório da Criança e do Adolescente, da fundação Abrinq, indicam que a cobertura vacinal, especialmente na primeira dose em crianças com até 1 ano de idade, está abaixo do ideal no Brasil. Segundo o levantamento, no ano passado, apenas 77,2% da população nesta faixa etária recebeu a primeira dose, e a taxa da dose de reforço, para crianças com menos de 4 anos, foi ainda mais alarmante, com apenas 67,7% de adesão.

A Dra. Karina Ribeiro, em sua apresentação, falou sobre as vacinas necessárias desde o nascimento. Ela ressaltou que na Baixada Santista, desde 2016 não alcança a cobertura vacinal da poliomielite e pentavalente. "A gente precisa tomar conta da cobertura vacinal para garantir o futuro das crianças no país", enfatizou.

A Dra. Brigina Kemp mostrou o resultado de uma pesquisa do ImunizaSus, de 2021, sobre o fortalecimento das ações de Imunização nos municípios.

"Esse encontro hoje mostra a importância da ampliação do diálogo. É fundamental as falas entre Educação, Ministério da Saúde, todos os meios para melhorar o acesso", concluiu a doutora.

Ana Paula Viveiros Valeiras enfatizou os dados alarmantes, porém, reforçou todo o esforço dos municípios e estado para que não falte vacinação. Na cidade de Santos, por exemplo, a cada dez crianças de até 15 anos, duas não estão com seu cartão de vacinação em dia.

Com isso, o município tem feito trabalho nas escolas, ações como o dia D da vacinação, atividades intra e extramuros para buscar o aumento dos números da vacinação. "Temos que ser proativos, irmos atrás, não ficarmos esperando. Não adianta ficar olhando que a cobertura está caindo. Vamos nos mexer."

Diante de toda estática apresentada pelas responsáveis acima, a deputada reforçou mais uma vez a importância do trabalho realizado na audiência pública tendo a oportunidade de debater com os profissionais da saúde. "Precisamos levar a informação para as pessoas, mostrar a situação real e chamar atenção para que as pessoas vacinem. Ações conjuntas para melhorar a cobertura. A audiência mostrou a importância de cada um fazer um pouco para melhorar os índices. Que possamos fazer uma outra audiência com dados positivos de aumento da cobertura vacinal", concluiu a parlamentar.


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