O deputado Vaz de Lima, presidente da Assembléia Legislativa, foi condecorado na manhã desta quarta-feira, 19/9, com a medalha Regente Feijó, outorgada pela Assessoria Policial Militar do Tribunal de Justiça (TJ). A medalha foi instituída em 2003, com a finalidade de homenagear civis e militares, instituições públicas e privadas que tenham colaborado com os trabalhos da PM em apoio ao Poder Judiciário, visando à segurança, à diminuição da criminalidade e ao desenvolvimento dos trabalhos da Justiça. A solenidade aconteceu na sede do TJ, que fica na Praça da Sé, na Capital."Quando o presidente da Assembléia Legislativa recebe uma condecoração como a medalha Regente Feijó é evidente que não se limita à Presidência, mas ao Parlamento do Estado e a todos os 94 deputados", refletiu Vaz de Lima, escolhido como orador oficial de todos os homenageados. "Faço questão de dividir esta homenagem com a instituição que represento, porque qualquer trabalho, para ser bem sucedido, depende de um esforço conjunto. Um exemplo disso é o trabalho desenvolvido pela Polícia Militar no apoio ao Judiciário para o cumprimento das leis", acrescentou.Outros dois deputados estaduais foram condecorados: o 1.º vice-presidente da Assembléia, Waldir Agnello (PTB), e o líder do PTB, Campos Machado.Agnello disse que "a Polícia Militar e o Tribunal de Justiça, que me entregam essa honraria, sentirão um pouquinho do carinho e do respeito que lhes dedico, com toda certeza"."O respeito e o amor que dedico à Polícia Militar se completam e eu saio deste tribunal convencido de que valeu a pena sonhar, trabalhar e acreditar, porque a fé e o amor são fundamentais para o ser humano", refletiu Campos Machado.Depois de receber a medalha, das mãos do presidente do TJ, desembargador Celso Luiz Limongi, o deputado Vaz de Lima, na qualidade de presidente do Parlamento paulista, foi convidado a condecorar vários militares que se destacaram no cumprimento de seus deveres, outorgando-lhes, também, a medalha Regente Feijó.Regente FeijóNasceu em São Paulo no dia 3 de agosto de 1784, ordenando-se padre em 1805. Em Itu, exerceu seu primeiro cargo político como vereador. Sendo eleito deputado junto às Cortes Gerais e Extraordinárias de Lisboa (1821-22), participou do grupo brasileiro que se recusou a assinar a Constituição portuguesa. Por defender idéias separatistas, foi perseguido pela Coroa Portuguesa e acabou refugiando-se na Inglaterra. Posteriormente, assumiu cargo de deputado geral por São Paulo nas legislaturas de 1826-1829 e 1830-1833, havendo-se destacado por defender a abolição do celibato dos padres e por criticar duramente o governo de Dom Pedro I. Nomeado ministro da Justiça logo após a abdicação de D. Pedro I, em julho de 1831, renunciou ao cargo em julho de 1832 quando o Senado rejeitou a proposta de destituição de José Bonifácio da tutoria de D. Pedro II.Em 1835, foi eleito membro da Comissão de Instrução Pública e Negócios Eclesiásticos e para uma comissão permanente criada para o exame das leis feitas pelas assembléias provinciais. Quando se discutiu a anistia aos implicados em movimento subversivos nas províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais, discursou dizendo não desejar "que a Assembléia concorresse para a impunidade". Feijó foi eleito Regente Único do Reino em 1835, pela Assembléia Geral, vindo a renunciar em 1837, deixando o Rio de Janeiro e regressando a São Paulo. Faleceu em 10 de novembro de 1843. Seu coração está sepultado na Ordem Terceira do Largo de São Francisco e seu corpo na Catedral da Sé.