Embaixadora do Marrocos visita a Assembléia Legislativa


18/09/2006 18:02

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A embaixadora convidou os membros do Poder Legislativo estadual para a reunião da 1ª Comissão Mista Brasil-Marrocos, que acontece nos dias 9 e 10/10<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Embaixadora MarrocosFarida Jaidi0013-mauri.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Farida Jaïdi, embaixadora do Marrocos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Embaixadora MarrocosFarida Jaidi0005-mauri.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Há sete meses no país, Farida Jaïdi está encarregada de estreitar relações de desenvolvimento e bem-estar com o Brasil<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Embaixadora MarrocosFarida Jaidi0010-mauri.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Rodrigo Garcia, recebeu na manhã desta segunda-feira, 18/9, a visita da embaixadora do Marrocos, Farida Jaïdi. Há sete meses no país, Jaïdi está encarregada de estreitar relações de desenvolvimento e bem-estar com o Brasil.

A embaixadora aproveitou para convidar os membros do Poder Legislativo estadual para a reunião da 1ª Comissão Mista Brasil-Marrocos, que acontece nos dias 9 e 10/10, para tratar de temas como cooperação nas áreas de formação profissional, habitação e meio ambiente.

Segundo a embaixadora, o Marrocos é bastante parecido com o Brasil, "com uma grande diversidade cultural, com costumes e tradições peculiares". O país africano, em vias de desenvolvimento, aposta na indústria do turismo e pretende receber 10 milhões de turistas até 2010.

O presidente da Assembléia paulista explicou à embaixadora o momento político por que passa o país, com as eleições que se aproximam. Traçou também um quadro do Estado, destacando que São Paulo é "responsável por 35% da produção nacional, concentra 70% das sedes das indústrias espalhadas pelo país e tem o desafio de melhor distribuir as riquezas, melhorando a qualidade da educação".

Relações Brasil-Marrocos

O Brasil mantém embaixada no Marrocos desde 1963. As relações entre os dois países vêm se consolidando ao longo dos anos. A partir da entronização do rei Mohammed VI, em 1999, as relações alcançaram rapidamente um novo patamar, em virtude da disposição do novo monarca em diversificar a ação externa marroquina. Por outro lado, o governo brasileiro também tem intensificado o diálogo com os países africanos e árabes e a cooperação sul-sul.

Em fevereiro de 2004, por ocasião da visita ao Brasil do rei Mohammed VI, o Mercosul e o Marrocos firmaram um acordo-quadro com vistas ao estabelecimento de uma área de livre comércio entre as duas regiões. Como passo intermediário, decidiu-se negociar um acordo de preferências tarifárias fixas " ou acordo de comércio preferencial ", que seria expandido, numa segunda etapa, para um acordo de livre comércio.

O comércio bilateral entre Brasil e Marrocos vem aumentando desde 1999. O saldo comercial nos últimos seis anos foi favorável ao Brasil. Em 2005, a exportações para aquele país atingiram US$ 414 milhões e as importações, US$ 311 milhões. Os dois países concordam em que o fluxo total de comércio (exportações mais importações) encontra-se muito aquém de seu potencial.

Os produtos mais exportados pelo Brasil para o Marrocos são o açúcar e os artigos de confeitaria. Em segundo lugar, encontram-se as sementes, frutos oleaginosos e grãos.

Já os produtos mais importados pelo Brasil são adubos e fertilizantes. Em segundo lugar, estão os produtos químicos orgânicos. Combustíveis, óleos e ceras minerais são outros importantes produtos marroquinos adquiridos pelo Brasil.

O papel do turismo como setor da cooperação bilateral possui grande potencial para ser explorado. O Ministério do Turismo brasileiro estuda a possibilidade do estabelecimento de iniciativas conjuntas que possam ser implementadas a curto prazo. Há perspectivas de investimentos brasileiros no Marrocos no setor de hotelaria. Tem havido também conversações com autoridades marroquinas com vistas à abertura de uma linha aérea direta entre o Brasil e o Marrocos, o que contribuiria para o aumento do fluxo de turistas entre os dois países.

Marrocos

Situado no noroeste da África, com uma área de 710.850 km², que compreende um litoral de mais de 3 mil quilômetros, várias cadeias de montanhas e metade do território ocupado pelo deserto do Saara, o Marrocos é um país de muitos contrates.

Devido à sua estratégica localização " com um litoral que vai do mar Mediterrâneo ao oceano Atlântico e vizinho da Europa ", o Marrocos foi, ao longo dos séculos, invadido por diversos povos, dos berberes, fenícios e romanos aos espanhóis e franceses, tendo se transformado numa colcha de retalhos, formada de elementos de várias culturas.

As principais cidades do país são Casablanca " a mais populosa, com 3,2 milhões de habitantes " Fèz, Marrakech e Rabat, a capital do país, com 658 mil habitantes.

Com aproximadamente 30 milhões de habitantes, o país adota como língua oficial o árabe. Há a presença também de dialetos berberes, do espanhol falado na região norte e do francês utilizado pela elite. O islamismo é a religião de quase 99% dos habitantes, na maioria sunitas.

A agricultura é a base da economia do Marrocos. Emprega cerca de metade da força de trabalho do país, que tem altas taxas de desemprego. As cidades de Agadir e El Jadida são importantes portos de pesca. No nordeste do país são desenvolvidas plantações de trigo e outros cereais.

Potencialmente rico, o Marrocos possui 75% das reservas mundiais de fosfato, sendo o maior exportador mundial desse valioso produto. O país desenvolve ainda importante trabalho em artesanato, de artefatos de couro a tapetes, peças de louça, ouro, cobre e madeira, que fazem parte de seu diversificado patrimônio cultural.

O Marrocos é uma monarquia constitucional. O rei Hassan II governou o país por 38 anos. Quando faleceu, em 1999, seu filho, Muhammad VI, assumiu o trono, em meio a grave crise social e com altos níveis de pobreza e desemprego. Desde então o atual rei vem fazendo modificações na estrutura de poder do país, na tentativa de torná-lo mais liberal.

alesp