Senadores tchecos visitam a Assembléia e sugerem a criação de uma agenda que contemple interesses mútuos


17/05/2007 20:14

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Václav Hubinger, Petit Pithart e Vaz de Lima<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/VaclavHubinger(Emb.Tcheco)PetitPithart(VicePres)+Pres.Vaz (12).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Em visita à Assembléia Legislativa, senadores da República Tcheca foram recebidos pelo presidente Vaz de Lima, que, a pedido do vice-presidente do senado tcheco, Petit Pithart, fez um breve relato da organização política brasileira e de como os estados menores e menos poderosos economicamente recebem da estrutura política uma compensação para que não sejam prejudicados nas votações. "Um Estado como São Paulo, que tem aproximadamente 40 milhões de habitantes, possui 70 deputados, um para cada 500 mil habitantes. Roraima, com uma população de 500 mil, tem 8 deputados, um para cada 62 mil. Essa organização da Federação tende a evitar que os Estados tenham, ao mesmo tempo, maior poder econômico e maior poder político."

A comitiva tcheca pediu esclarecimentos, também, sobre a reforma política que estaria sendo elaborada para o país e quais as novidades que ela apresentará. Vaz de Lima falou da recente decisão do Tribunal Superior Eleitoral que atribui o mandato ao partido e não ao deputado. "Qualquer reforma política terá que considerar essa decisão e formular leis que impeçam o político de mudar de partido, às vezes antes mesmo da sua posse." Os senadores tchecos afirmaram que no seu país existe esse mesmo problema, da mudança de partidos pelos políticos, e que eles vão ficar atentos ao processo de reforma política brasileiro para nele buscar algumas soluções.

O embaixador Václav Hubinger, que traduziu as falas, comentou que a origem da República Tcheca data do século IX, mas que, por estar na encruzilhada de várias etnias e costumes, sofreu diversas influências e anexações, até que, há 14 anos, separou-se da Eslováquia. Por ser um país novo, procura nas experiências estrangeiras possíveis soluções para problemas caseiros e, no momento, estaria interessada em elaborar uma agenda de encontros mais produtivos no cenário econômico.

Vaz de Lima disse que vai fazer o que estiver a seu alcance para que esse objetivo seja alcançado e que a Comissão de Assuntos Internacionais da Assembléia Legislativa pode preparar esse intercâmbio com uma agenda definida.

alesp