Cooperativa de crédito tem encontro com o coordenador da Frencoop


27/03/2006 15:58

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Arnaldo Jardim esteve reunido com representantes da Cecres<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/JARDIM CRECHE.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O coordenador da Frente Parlamentar do Cooperativismo Paulista (Frencoop/SP), deputado Arnaldo Jardim (PPS), esteve reunido recentemente com representantes da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Empregados e Servidores das Empresas de Saneamento Básico e Ambiental do Estado de São Paulo (Cecres) para discutir a divisão das sobras das cooperativas de crédito mútuo. Fundada em 1985, a Cecres, presidida pelo administrador Lázaro Miguel Rodrigues, congrega mais de 14 mil associados e, só em 2005, firmou cerca de dezesseis mil contratos de empréstimos, que contabilizaram um total anual de cerca de R$ 32 milhões.

Na reunião, estavam presentes João Carlos Gonçalves Bibbo, diretor administrativo da Cecres, Luiz Eduardo de Paiva, superintendente da Cecres e presidente da Associação Nacional das Cooperativas de Crédito (ANCC), e Paulo Roberto Dias, conselheiro fiscal da ANCC e gerente da Cooperativa Ericsson. Os representantes da Cecres argumentaram, na ocasião, que o Banco Central tem feito uma interpretação equivocada da divisão das "sobras" das cooperativas de crédito mútuo. "Segundo a Lei 5.764, o retorno das sobras é proporcional às operações realizadas pelo associado. O Banco Central interpreta que as operações realizadas são os empréstimos realizados pelos cooperados, ou seja, apenas aqueles associados que realizam empréstimos têm direito a receber proporcionais partes das sobras", comentou um dos representantes.

Ainda de acordo com a entidade, grande parte dos sócios das cooperativas de crédito é de poupadores, que ao invés de deixar seu dinheiro em conta corrente ou poupança na rede bancária, prefere aplicar na cooperativa, e assim, além de fortalecer a instituição cooperativa obtém melhores remunerações. "Apesar de concordarmos que a sobra seja responsável pela receita dos empréstimos, é com o capital dos investidores que as cooperativas conseguem realizar os empréstimos, pois estas não possuem recursos próprios", destaca a Cecres.

"Entendemos que esse é o verdadeiro espírito da cooperação, ou seja, aquele que tem recursos disponíveis aplica na cooperativa, para que o seu associado possa contar com o empréstimo. Portanto, entendemos que é injusto distribuir as sobras apenas aos cooperados que utilizam o empréstimo, os quais já foram beneficiados com juros muito abaixo do que é praticado no mercado. Se assim for, qual o incentivo para que os investidores deixem seu dinheiro na cooperativa?", indagam os representantes da entidade.

Diante do que foi relatado, o deputado Arnaldo Jardim se prontificou a estudar uma maneira de tentar equacionar este problema, por meio da Frencoop paulista, no sentido de sensibilizar o Poder Público federal.

ajardim@al.sp.gov.br

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