Seminário propõe rede nacional de Agências de Desenvolvimento


14/09/2004 21:02

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As principais dificuldades relatadas foram a falta de recursos, a visão individualista dos gestores municipais, a descrença na integração entre poder público e iniciativa privada<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/semmesa1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Seminário Agências de Desenvolvimento<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/semmesa.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Destacou-se que as Agências de Desenvolvimento devem ter um papel de fomento, e não de entidades executoras<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/semmesa2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O segundo dia do Seminário Agências de Desenvolvimento - Experiências e Propostas desta terça-feira, 14/9, começou com um debate sobre a necessidade de haver maior integração entre as agências, padronizando-se objetivos e métodos. Desta discussão, surgiu a proposta da criação de uma rede nacional de agências, composta inicialmente pelos quatro estados presentes ao Seminário - São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com sede em São Paulo, por ser um estado estrategicamente localizado.

A criação de uma página na internet permitiria que a rede nacional teria fosse agregando aos poucos outras agências para, futuramente, fundar uma associação nacional. A proposta foi aceita por unanimidade, e será levada a efeito pelo representante do Pólo RS, Ronald Krummenauer.

Os problemas enfrentados e as estratégias utilizadas na implantação e funcionamento das agências foram o tema debatido pela manhã. De São Paulo, falaram os representantes das agências regionais da Alta Mogiana, do Grande ABC e de São João da Boa Vista. De outros Estados, fizeram exposições sobre o tema os representantes das agências do Brasil Central - MG, do Meio Oeste Catarinense - SC e do Pólo RS.

As principais dificuldades relatadas referem-se à falta de recursos, visão individualista dos gestores municipais, descrença na integração entre poder público e iniciativa privada e dificuldade na identificação de lideranças na região. As estratégias de operação mais citadas foram a formação de um banco de dados, a realização de palestras e seminários com lideranças locais, o fomento e o apoio às empresas e o marketing regional.

O papel de fomento das agências - e não de entidades executoras - foi destaque no seminário. Houve consenso entre os expositores no sentido de evitar que elas se transformem em instituições excessivamente formalizadas e complexas, e que tenham qualquer viés partidário.

Encerramento

A segunda tarde de trabalhos contou com uma explanação de cada um dos representantes acerca do funcionamento, sustentabilidade e organização de suas agências. A partir dos relatos, vieram à tona as variações em termos de foco (embora todas tenham o desenvolvimento econômico e social como finalidade) e estruturação. A Agência Pólo RS, do Rio Grande do Sul, por exemplo, não conta com nenhuma participação de recursos públicos, ao contrário das outras presentes no encontro.

Em todos os casos, porém, foi apontada a importância de parcerias com órgãos como o Sebrae. Outro ponto em comum é a luta das agências para adquirir o status de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), que facilita a obtenção de recursos.

Após os painéis, foi aberto o debate entre os participantes. Entre as questões levantadas estiveram a possibilidade de participação das câmaras municipais nas agências, a regulamentação, e a preocupação de que o terceiro setor esbarre em estruturas burocratizadas.

"O próximo passo é procurar fazer com que assembléias de outros Estados organizem iniciativas semelhantes", disse Fátima Franz Hermes, superintendente da Agência de Desenvolvimento do Meio Oeste Catarinense.

alesp