Acervo Artístico: Gladys Franzini recria o silêncio e o belo da natureza numa atmosférica optimal

Emanuel von Lauenstein Massarani
10/09/2004 14:00

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Colhedores de Coco, obra doada ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/galdysobra.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Gladys Franzini, pseudônimo artístico de Gladys Iris Franzini<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/gladys.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A fácil rotulação - hoje tão em moda - de pintor ecológico se poderia facilmente colar ao pincel de Gladys Franzini, mas não corresponde à verdade, porque sua temática não se limita à paisagem. Do retrato à natureza-morta e à natureza viva, ela cria seu espaço através de várias experiências e de temas pictóricos figurativos.

Todavia, devemos dizer que essa artista "sente", de modo particular, o belo da natureza. Sente a necessidade quase física de lançar sobre a tela tudo o que toca a sua sensibilidade. A vegetação das florestas, dos campos e das matas é espontânea, quase selvagem, mas facilmente encontra a cor, a luz e a atmosfera optimal para a composição de suas obras de qualidade pictórica e boa técnica.

As massas que as compõem formam imagens arcaicas. Um centro rítmico para cada composição: um centro de silêncio, numa espécie de solidão das formas. A cor densa, mas transparente, desenvolve-se tanto que transforma a imagem numa pura invenção, com uma cor autônoma de toda referência naturalística.

Em Colhedores de Coco, obra doada ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, Gladys Franzini valoriza e acentua a medida em que a musicalidade da cor faz contraponto com o vigor estilístico de desenho. É a cor que acompanha e organiza a representação coordenada, as formas à mesma missão da cor que cria na composição uma arquitetura de volumes.

A Artista

Gladys Franzini, pseudônimo artístico de Gladys Iris Franzini, nasceu em Mercedes, San Luis, Argentina, no ano de 1951. Iniciou sua trajetória aos nove anos de idade, realizando cursos de desenho artístico, aprendendo técnicas de grafite, carvão, sépia, sangüínea e pastel seco, sob a coordenação da professora Bety Gargiullo (1960/1969). Realizou também cursos de pintura, aprendendo a técnica óleo sobre tela com os professores Luiz Machado (1991/1994), Antonio Moraes e Jozan (1995), Philip Hallawell (1995/1996) e Costa Júnior (1994/1998).

Participou de várias exposições, dentre as quais se destacam: I Salão de Artes da Primavera de Itu; Paço Municipal, Cotia (1994); IX e XIV Mostra de Arte da Granja Viana (1994/1995); Semana Cultural de Batista Cepellos e Regente Feijó, SP; I Mostra Liceu de Artes de Embu; V Salão Metropolitano de Arte (1995); "Perto de Você", Espaço Cultural Alphaville (1997, 1998, 1999 e 2000); "Intercâmbio Cultural", Espaço Cultural Secretaria da Municipal; II, V e VI Salão Paleta de Ouro, Espaço Cultural Jandilisa (1998, 1999); II Salão de Artes Plásticas, Espaço Cultural Alfredo Mucci, MG; II Intercâmbio de Artes Plásticas, Espaço Cultural Casa da Cultura, Jundiaí, SP (1998); Encontro das Artes, Espaço Cultural Alphaville (1999 e 2000); I e II Encontro de Artistas, Espaço Cultural Mizar Cristal; "Retratos Brasileiros", Espaço Cultural Casa da Cultura, Itapevi, SP; "Brasil 500 anos de Arte", Espaço Cultural de Artes Plásticas; Espaço Cultural da ECA, USP, SP (1999, 2000); "Arte & Passarelle" (1999); Mapa Cultural Paulista, DECET, Rivoluzionária, Espaço Cultural Sapori di Rosi; Espaço Cultural da Biblioteca Carlos Drummond de Andrade (2000); "Nossas Mulheres", Espaço Cultural Lélia Abramo; "Mekaron", Espaço Cultural Lélia Abramo; Espaço Cultural do Teatro Luiz Gonzaga (2001).

Recebeu vários prêmios e participa do Anuário de Artes de Jundiaí (1998), Anuário Artes Plásticas Júlio Louzada, Catálogo Confrat II (1999) e do livro dos Escritores Cordobeses Associados (1999).

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