Assembléia Popular


28/09/2007 09:33

Compartilhar:

Rodolpho Barbosa<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Ass Pop rodolphobarbosa.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Cremilda Estella Teixeira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Ass Pop Cremilda.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Rosângela Veiga da Silva<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Ass Pop Rosanglea da silva.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Darci Rosa dos Reis<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Ass Pop darcy reis.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Jardim do Éden

Darci Rosa dos Reis, representante de setores carentes, afirmou que o sentido metafórico da árvore do Bem e do Mal, no Jardim do Éden, refere-se à necessidade de deixar que a natureza siga seu fluxo, o que não acontece quando se trata de animais mantidos em cativeiro. Ela propôs que as multas efetivamente aplicadas aos infratores que aprisionam aves poderiam ser revertidas para mulheres como ela, em situação de carência e que dedicam seu trabalho em prol da natureza.

Feudo

É um engano acreditar que a violência contra alunos nas escolas públicas acontece apenas nos centros das grandes cidades, afirmou Cremilda Estella Teixeira, do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos (Napa), pois na periferia e nas cidadezinhas ela também está presente. Nesses locais, "da porta para dentro é um feudo, onde o que o diretor e os professores dizem é lei", disse Cremilda. Ela deu como exemplo a agressão de uma aluna pela professora em Fernandópolis. O caso foi encaminhado à seção local da OAB.

Respostas absurdas

Rosângela Veiga da Silva, do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos (Napa), mostrou reportagem com respostas absurdas dadas por alunos de 3ª a 6ª séries das escolas da rede pública estadual. "Senhor Serra, olha isso aqui!", exclamou. Ela afirmou que, com esse resultado, a escola pública não pode cobrar disciplina dos alunos e apontou a falência do ensino estadual, que considera muito aquém do municipal.

Moradores de cortiços

Presidente do Círculo Chileno Brasileiro de Integração da Latino América, Alfredo Tercero Silva e Silva mostrou-se preocupado com a política de moradia popular, que qualificou como descuidada, desigual, injusta e que alija os moradores de cortiços de qualquer possibilidade de moradia digna. Ele destacou que o piso de salário para conseguir crédito do governo federal é muito alto.

Discurso vazio

A abordagem dos sérios problemas de educação no Estado é um discurso vazio de políticos em vésperas de eleição, criticou Anderson Cruz, do Instituto de Educação São Paulo. Ele afirmou que a própria população tem responsabilidade na situação, porque lhe falta a consciência de que a escolha de seus representantes é o diferencial de mudanças estruturais na área. Em sua opinião, é simplista achar que a qualidade da educação passa apenas pelos baixos salários que os professores recebem.

PM na escola

"O [batalhão de] Choque na rua inferniza a população" e sua ação acaba sendo mais repressora do que preventiva, por causar um número alto de mortes. A opinião de José Roberto Alves da Silva, do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública (Coep), revela sua preocupação com a suposta posição do governo estadual de colocar a Polícia Militar na rua para intimidar o cidadão. Referindo-se ao episódio de intoxicação por gás pimenta de alunos de uma escola da capital, nesta semana, sua opinião foi a de que só a PM que tem acesso a esse spray.

Compromisso com a democracia

Maria Lima Matos, do Movimento de Mulheres em Defesa da Vida e delegada de polícia aposentada, elogiou parlamentares da Assembléia Legislativa comprometidos com a democracia e o interesse público. Os parlamentares citados pela oradora foram Major Olímpio (PV), Simão Pedro (PT), Vaz de Lima (PSDB), Rodrigo Garcia (DEM) e Ênio Tatto (PT). Ela criticou o governo Serra por ser "cúmplice" da criminalidade, ao não investir de forma adequada na segurança pública. "O governador não coloca viaturas na periferia; ele é co-autor dos assassinatos", declarou.

Base comunitária

"Nós, moradores do City América, em Pirituba, exigimos uma base comunitária em nossa região", reivindicou Josimar Luiz de Oliveira, líder comunitário. Ao denunciar a falta de segurança no bairro em que mora, salientou que paga R$ 3.500,00 de IPTU e não vê investimento em segurança. Oliveira contou que foi assaltado no centro de São Paulo e levou 12 horas para conseguir fazer um Boletim de Ocorrência. Disse ainda que em pouco mais de um mês 16 residências foram assaltadas em seu bairro.

Guardas sem identificação

A falta de segurança também foi criticada por Robson César Correia de Mendonça, do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua em São Paulo. "Às vezes, vamos fazer um Boletim de Ocorrência e o escrivão é um assaltante", comentou. Ele disse esperar do novo subprefeito da Sé, Mário Jordão, que não fique só no "discurso bonito" e concretize ações favoráveis aos moradores de rua. Citou, também, o fato de guardas civis metropolitanos andarem sem identificação. "Eles não se identificam para poder matar e saquear os moradores de rua?", questionou.

Saúde em Francisco Morato

Severino Agripino de Santana, da Associação Vila Capoa, discorreu sobre a situação da saúde em Francisco Morato. Segundo ele, as filas nos postos de saúde chegam a ter até 300 pessoas e, no dia da consulta, não há médicos. "No país em que se pagam mais impostos do que em qualquer outro, a situação da saúde é uma vergonha", opinou. A falta de asfalto em diversas ruas de Francisco Morato também é prejudicial à saúde, devido ao pó que as pessoas têm de respirar.

Servidores intocáveis

Para Vilma Pereira de Godoy Rodrigues, promotora legal popular, a situação das escolas em Taboão da Serra é tão precária quanto no resto do Estado de São Paulo. Ela citou episódio ocorrido no Colégio Rui Barbosa, onde as crianças tiveram que limpar a quadra. Para a oradora, os professores não têm vontade de ensinar, os cadernos não são corrigidos, não há material básico de ensino, não se aprende cidadania. "Estão transformando os servidores em seres intocáveis", afirmou.

Saúde na UTI

José Baia de Lima, do Sindicato da Saúde de São Paulo, disse que a saúde da população brasileira está na UTI. "Os governantes têm de saber que a vida é o bem mais precioso que o ser humano possui", declarou. A universalidade e a gratuidade dos serviços de saúde, previstas na Constituição de 1988, não estão sendo seguidas por falta de investimentos, opinou. Lima propôs que seja dada ênfase à emenda 29, que obriga os Estados a investir 12% do orçamento na saúde.

Calamidade

"Precisamos da construção imediata de um hospital na região de Parelheiros", disse Josenias Castanho Braga, do Movimento Social Parelheiros. Braga reclamou também do elevado número de acidentes de trânsito naquela região, sem que as autoridades tomem providência. A construção de uma alça de acesso ao Rodoanel e a extensão da linha de trem até a Colônia também foram abordadas pelo orador.

Trens lotados

Para Rogério Luiz da Silva, morador da Vila Cipó, a CPTM é omissa em relação aos atrasos e à superlotação dos trens urbanos. "Somos transportados em péssimas condições, com risco para nossa integridade física. É necessário que o governo tome providências para restaurar a dignidade do usuário do transporte público", afirmou.

Sucata sobre rodas

A precária condição do transporte público na região de Embu-Guaçu foi a principal queixa apresentada pela representante da organização não governamental Embu-Guaçu em Ação, Merice Andrade de Quadros. Segundo a oradora, a empresa Cidade Verde opera com carros sem manutenção, em mau estado e sem condições mínimas de segurança. "São verdadeiras sucatas sobre rodas", afirmou.

Repúdio

Wiliam Prado, do Movimento Popular de Saúde Parelheiros/Marsilac, repudiou a ação da PM para a retirada de camelôs do largo 13, em Santo Amaro. Prado também fez críticas à reforma que está sendo realizada no pronto-socorro do Balneário São José. "Pelo que estava acertado, a reforma deveria ampliar o número de leitos disponíveis, mas não é o que ocorre. A ampliação é fundamental para melhorar a assistência à população da região", afirmou.

45 minutos

"Para nós, a hora tem 60 minutos, mas para os professores das escolas públicas ela só tem 45 minutos, porque os alunos são sempre dispensados antes. O mesmo se dá com o número de dias do ano: para nós são 365, para os professores são 200 " que na prática se transformam em 150, devido ao excessivo número de aulas vagas", afirmou Mauro Alves da Silva, do Grêmio Social Recreativo Sudeste.

Muro

Rodolpho Barbosa, da União da Juventude Paulista, criticou os senadores que ficaram "em cima do muro" e se abstiveram na votação para a cassação do senador Renan Calheiros. "É muito mais grave a postura dos senadores que se abstiveram, como Aluizio Mercadante e Ideli Salvati, do PT, do que a dos que assumiram e votaram pela absolvição. O orador também fez criticas à gestão do PT no governo federal.

Caos

Para o diretor do Sindicato dos Empregados no Comércio de Franco da Rocha e Região, Adailton Alves Santana, a gestão do PSDB nas prefeituras e governo estadual é sinônimo de caos. "Precisamos que o PT governe este Estado e as prefeituras paulistas, para que possamos ter aqui a mesma gestão positiva que ocorre no governo federal", afirmou.

alesp