As opulentas figuras de Eliana Kertész: um intenso sentimento de vida

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
22/03/2006 15:52

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 <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Eliana obra Aurelia04.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Eliana Kertész<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Eliana kertesz8a.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Eliana obra Aurelia.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra "Aurélia" em pó de mármore e resina, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Eliana obra Aurelia01.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Desfrutando uma liberdade que os grandes predecessores não tiveram na mesma linha, o pintor e escultor colombiano Botero alcançou fama internacional através de seus personagens extremamente dilatados.

Não podemos esquecer entretanto que a maior parte dos grandes artistas como Rubens e Rembrandt, como Ingres e Renoir tinham também fascínio pelas formas opulentas. Da Bahia chega até nós a arte de Eliana Kertész uma escultora de excelente força criativa e persistente coerência estética.

A grande maioria de suas obras são mulheres bonitas sensuais, tímidas ou ousadas, negras, brancas ou índias, mas todas gordas. Elas querem " segundo a própria artista " passar ao observador uma mensagem de amor e respeito às diferenças existentes em nosso país.

Suas imagens femininas possuem uma realidade corpórea, exuberante ao tato. Como diria o próprio Botero, trata-se de típica arte latino americana, tanto literária quanto plástica onde existe uma tendência à deformação, um exagero total, como encontra-se na obra de Gabriel Garcia Marques. Trata-se pois de uma caricatura da realidade que na visão dessa escultora pode ser monumental.

Com os materiais mais diversos: terracota, bronze, resina e fiber-glass, Eliana Kertész cria figuras gordas, fartas e redondas, capazes de transmitir uma verdade interior e um intenso sentimento de vida.

A obra "Aurélia" em pó de mármore e resina, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, transmite o humanismo dessa artista que nasce como um processo interior moldando na própria forma uma presença humana. Trata-se de um sentimento e uma emoção intensa nascidos de uma observação profunda.

A artista

Eliana Kertész nasceu em Conceição da Feira, no Recôncavo baiano e ainda criança mudou-se para Salvador, onde reside, após algumas mudanças que a levaram para Paris e Rio de Janeiro, onde aprimorou seus conhecimentos na arte, iniciados anteriormente na capital baiana.

Foi em 1993 que iniciou sua carreira com uma exposição individual de esculturas no Escritório de Arte da Bahia, em Salvador. A partir de então participou de diversas mostras individuais e coletivas em vários estados brasileiros e no exterior, destacando-se entre elas: Centro Cultural Light, no Rio de Janeiro " RJ (1995); Galeria de Arte Paulo Darze, Salvador - BA (1997); 100 artistas plásticos da Bahia " com o lançamento do livro no Museu de Arte Sacra, bem como da coletiva " Arte Salvador - 450 anos ", no Museu de Arte Moderna da Bahia, (1999).

Esta mesma mostra foi apresentada posteriormente no Museu de Arte de Macau, China, no Museu de Arte Primitiva Moderna, Guimarães, Portugal e no Padrão dos Descobrimentos, Lisboa , Portugal ( 2001) . No mesmo ano realizou sua primeira individual dedicada às " Gordinhas ", na Galeria Inêz Fiuza, Fortaleza, CE.

Participou ainda da mostra " Sensualidade " no MUBE - Museu Brasileiro de Escultura , São Paulo (2003;

V Biennale D'Arte Contemporânea Internazionale, Roma Itália (2004); " Gordas ", Galeria Spazio Surreale, São Paulo, SP (2006). Possui obras em acervos públicos e particulares do Brasil, e no exterior, entre eles no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp