Parlamentares e sindicalistas denunciam falta de estrutura do Cerest


14/02/2005 15:33

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Comissão quer discutir uma frente de atuação para garantir que Cerest funcione conforme proposta original (na foto Hamilton Pereira e França)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Ham b.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Da assessoria do deputado Hamilton Pereira

Parlamentares e sindicalistas puderam confirmar, na tarde de sexta-feira, 11/2, a precariedade com que vem funcionando o Centro de Referência para Saúde do Trabalhador de Sorocaba e Região (Cerest) desde a sua implementação, há cinco anos.

A visita, organizada pelo deputado Hamilton Pereira (PT) e o vereador Francisco França (PT), contou com a participação de representantes da subsede da CUT de Sorocaba, dos Sindicatos dos Metalúrgicos, do Papel e Papelão, dos Condutores e dos Trabalhadores na Indústria do Vestuário, do membro do Conselho Municipal de Saúde, José Marcos de Oliveira, além do vereador Arnô Pereira (PT).

O Cerest, criado em 1997 a partir da Lei nº 9.655 de autoria do deputado Hamilton, deve ter como finalidade, não só prover a assistência médica, como também implementar a ação preventiva e de fiscalização das condições de trabalho na região de Sorocaba, além de promover a reabilitação e reinserção no mercado de trabalho, numa parceria entre o estado, a prefeitura, as empresas e os próprios trabalhadores.

Segundo Hamilton Pereira, com a estrutura que o Cerest possui hoje é praticamente impossível cumprir a finalidade para a qual foi criado. Atualmente, o Cerest ocupa duas salas do prédio administrativo da Policlínica, possui "alguns" equipamentos de fisioterapia, segundo o Administrador da Policlínica, Dr. Luis Antônio Areco, que foi quem recebeu a comissão, e atende aos trabalhadores somente no período da manhã.

"É um absurdo que o Cerest, com a finalidade para a qual foi criado, acabe funcionando com o que sobra da estrutura da Policlínica", protestou Hamilton. "Para poder prestar o atendimento que os trabalhadores de toda essa região precisam, o Cerest necessita de uma estrutura específica para essa finalidade", completou. Além do médico responsável pelo Centro de Referência, Dr. Roberto José Dini, o Cerest conta, para seu funcionamento, com uma assistente social e um funcionário do INSS.

O conselheiro da saúde, José Marcos, lembrou que o Centro de Referência recebe uma verba do Governo Federal, através de convênio com o Ministério da Saúde, para atender aos trabalhadores não só de Sorocaba, mas de toda a região. "Não é aceitável que os trabalhadores tenham seu retorno à atividade profissional postergado por terem que entrar na fila geral do atendimento à saúde", lembrou José Marcos. "Já discutimos esses problemas por outras vezes no próprio Conselho e não podemos mais postergar as iniciativas para mudar essa situação", completou.

O vereador França se comprometeu a agendar uma reunião com o Dr. Roberto José Dini para saber das necessidades do Cerest e discutir formas para ajudar a garantir um melhor funcionamento do Centro. "Não estamos aqui para encontrar culpados da situação em que se encontra o Centro de Referência, mas para unir forças para mudar essa situação de uma vez por todas", afirmou o vereador.

Histórico

Fruto de uma luta que teve início em 1991 e envolveu 45 sindicatos e associações de toda a região, o Cerest foi implementado no dia 1º de maio de 2000, cinco anos após a apresentação e aprovação na Assembléia Legislativa, do Projeto de Lei para sua criação, de autoria do deputado Hamilton Pereira.

O Centro foi criado com o objetivo de atender os trabalhadores de Sorocaba e Região, vítimas de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais (LER), que antes precisavam viajar a São Paulo e Campinas para receber o tratamento de recuperação para suas lesões.

hpereira@al.sp.gov.br

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