Luisa Libardi alcança uma visão real densa de emoções e livre de uma evolução da fantasia

Acervo Artístico - Emanuel von Lauenstein Massarani
20/12/2004 14:00

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Luisa Libardi<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Luisa Libardi.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra Socas de Canas II<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Luisa Libard socas de cana.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra Cores do Poente<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Luisa Libard cores do poente.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O elemento principal na obra de Luisa Libardi é a recusa ao anedótico e ao detalhe particular em beneficio de uma atmosfera que palpita. O objetivo que persiste em suas telas é tratado numa dimensão latu sensu, num espaço dinâmico, onde o sentimento da pintora e as sensações do observador se encontram e se fundem na critica e na penetração da obra.

A artista conseguiu elaborar uma interessante fusão entre o fazer pós-impressionista e certos conhecidos movimentos e estruturações abstracionistas, no desejo de alcançar a visão de uma realidade densa de emoções e livre de todas as possibilidades de evolução da fantasia. Seja a construção, seja a cor com a qual a artista piracicabana dá vida às imagens que alcançam o seu espírito levam o carimbo da originalidade e o que mais conta, testemunham uma maturidade lírica do sentimento.

As cores claras explodem não só cromaticamente, mas também como ato de confiança na vida, como esperança e profecia do futuro. Podemos dizer que quanto mais se desgasta a forma, mais evidentes se tornam o tom e o contraste, na tentativa de fixar um instante daquela emoção que a natureza estimula, mas não retém, uma emoção religiosa que, nos dias hoje, não pode ser que sentimental, romântica e apocalíptica.

Além de dar ênfase ao transformar das coisas e do ser, "Socas de Canas II" e "Cores do Poente", obras doadas ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, são composições que "vivem" na velatura da cor e na transparência dos elementos da composição, acentuando a sensibilidade da artista com relação ao desenvolvimento do tema de sua predileção: a cana-de-açúcar.

A Artista

Luisa Libardi - pseudônimo artístico de Maria Luisa Scudeller Libardi - nasceu em Piracicaba em 1958. Formou-se em Engenharia Civil em 1981. Realizou cursos de pintura com os consagrados artistas Noberto Stori, Ida Zami, Sarah Goldman Belz, entre outros. Durante dois anos, juntamente com os artistas Norberto Stori e Magliani, participou de um curso de pintura com modelo vivo.

Realizou as seguintes exposições individuais: Galeria SESC, Piracicaba; Centro Cultural Professor Daud Jorge Simão, São José do Rio Preto (1988); "Instante de Luz", Grande Hotel São Pedro, São Pedro; Museu Luiz de Queiroz, Piracicaba (1989); "Rimas Coloridas", Galeria Colombo, Piracicaba (1990). Casa do Povoador, Piracicaba (1991); Centro Cultural da ESALQ, Piracicaba (1993); Campus Taquaral, UNIMEP Piracicaba; Galeria de Artes Anglo, Rio Claro (1994); Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (1996); Galeria Engenho Central, Piracicaba (1998 e 2003); Parque Avenida Galeria de Arte, SP (2004).

Dentre as exposições coletivas destacam-se: Salão de Belas Artes de Piracicaba (1986, 1989, 1990, 1991, 1993 e 1994); Semana Cultural de Piracicaba (1987 e 1988); Coletiva de Artes Plásticas de Araraquara (1988, 1989 e 1990); Salão de Arte Contemporânea de São José do Rio Preto (1989, 1990 e 1991); XVI; IV Mostra de Artes Plásticas de Itatiba; Museu Nacional de Etnologia e Folclore; Salão de Artes "Liwanacu"- Museu Nacional de Arqueologia, La Paz, Bolívia (1989); Exposição de Artes Plásticas de São João da Boa Vista (1989 e 1993); Salão Oficial de Belas Artes Plásticas de Matão (1989 e 1991); Salão Limeirense de Arte Contemporânea, Limeira (1989, 1991 e 1992); XXV Salão Arararense de Artes Plásticas; I Salão de Artes Plásticas de Cerquilho; VI Salão de Artes Plásticas de Itanhaém (1990); Salão de Artes Plásticas de Rio Claro (1990 e 1996); "Busca", no Hall do Teatro Municipal (1991); "Técnicas, Tendência e Confrontos 140 Anos de Arte", Hall do Teatro Municipal Dr. Losso Neto, Piracicaba; Espaço Cultural Casper Líbero, SP; Imprensa Oficial do Estado, SP (1992); Salão de Artes de São Bernardo do Campo, SP (1992 e 1993); Salão de Abril, Franca, SP; Salão de Belas Artes de Araras, SP; II Sindcon Artes, Campinas, SP; XXXIII Salão Araraense de Artes Plásticas (1993); I Salão Vinhedense de Artes Plásticas, SP; XXIII Salão de Arte Contemporânea de Santo André, SP (1995); Espaço Cultural da CESP em Leme, SP; XIV Salão de Artes Plásticas de Rio Claro, SP; V Salão de Artes Plásticas de Avaré, SP; Galeria Jardim Contemporâneo, Ribeirão Preto, SP (1996); Casa do Povoador, Piracicaba (1997 e 2001); Salão de Artes de Itajaí, SC (1997); Espaço de Arte Marilu e Centro Cultural Gaia, Piracicaba (1998 e 1999); Galeria SESC, Piracicaba (1998); Salão do Século, Piracicaba (2000); "Um olhar de artista sobre o Engenho Central", Piracicaba; "Grupo 7 + 2", Casa do Povoador, Piracicaba (2001); Salão Barbarense de Artes Plásticas, Santa Bárbara d'Oeste (2001 e 2002); "Grupo 7 + 2" (Con)vivendo com o HIV", UNIMEP, Piracicaba; "Grupo 7 + 2", Galeria SESC, São Carlos, SP (2002); Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba (2003) e Espaço Cultural Blue Life, SP (2004).

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