Defender, promover e garantir o direito ao alimento e à nutrição são os objetivos de uma política estadual de segurança alimentar e nutricional sustentável, cujas diretrizes gerais devem ser propostas pelo Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de São Paulo (Consea-SP), criado em 2004 por decreto do Executivo.Presidido por Dom Mauro Morelli, o Consea-SP reuniu-se nesta quinta-feira, 30/3, na Assembléia Legislativa, para eleger o conselheiro e a coordenação geral da comissão da 30ª região do Estado de São Paulo, a capital. O Estado de São Paulo foi dividido em 30 regiões e as outras 29 já possuem conselheiro e coordenação.A comissão é composta por um terço do poder público e dois terços da sociedade civil, membros que são escolhidos por delegados de cinco regiões da cidade de São Paulo: norte, sul, leste, oeste e central."O problema da fome não é divino, mas cultural, social, de educação, econômico e político", afirmou Dom Mauro, na abertura do evento. Segundo ele, o Consea deve orquestrar uma ação que não se limita a partidos ou a governos e, para tanto, deve se transformar o mais rápido possível em lei. Referiu-se ao projeto de lei que tramita na Casa sobre a criação do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, cuja finalidade é propor políticas, programas e ações que configurem o direito à alimentação e nutrição como parte integrante dos direitos humanos. Morelli disse que deve haver uma grande aliança para que o projeto, que já está pronto para integrar a Ordem do Dia, se transforme numa "proposta de peso".O deputado Simão Pedro (PT) declarou que considera fundamental a construção de uma política de segurança alimentar e ressaltou a necessidade de que também o projeto sobre esse tema, que tramita no Legislativo estadual, seja amplamente debatido e sofra modificações para ser o mais abrangente e sólido possível.Compuseram também a mesa de trabalho o deputado federal Walter Barelli, secretário-geral do Consea nacional, Edmar Gadelha, sociólogo e membro do Consea nacional, e Evaldo Doro, conselheiro do Consea da região de Campinas.