Delegações estrangeiras de olimpíada de ciências visitam a Assembléia


05/12/2006 16:51

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Líderes das delegações, observadores e professores estrangeiros no Hall Monumental<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Deleg estrang 44mau.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Participantes da III Olimpíada Internacional Júnior de Ciências (IJSO 2006), entre líderes de delegações, observadores e professores estrangeiros<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Deleg estrang 16mau.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputado Aldo Demarchi e Ozimar Pereira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Delega-Mauri-066.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Cerca de 300 participantes da III Olimpíada Internacional Júnior de Ciências (IJSO 2006), entre líderes de delegações, observadores e professores estrangeiros, visitaram na manhã desta terça-feira, 5/12, o Palácio 9 de Julho, sede do Parlamento paulista. A visita faz parte da programação cultural da olimpíada, que reúne 31 países.

O deputado Aldo Demarchi (PFL), responsável pela articulação junto ao governo do Estado de São Paulo para a realização da olimpíada no Brasil, destacou a importância do evento para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia nacionais. "Desperta no estudante o desejo de participar, ao lado de jovens de outros continentes, do desafio de garantir para o país um lugar entre as potências que ganharam conhecimento com a massa cinzenta", afirmou.

Demarchi declarou que ações como a da olimpíada servem para "despertar, cada vez mais, o interesse dos jovens para as carreiras de ciências, tão fundamentais no mundo globalizado em que vivemos".

Pouco incentivo

O Brasil pode manter a performance obtida na Indonésia, nas olimpíadas de 2004 e 2005, quando ficou em 16º e 12º lugares, ou até conseguir melhores resultados. Isto, segundo o professor Ozimar Pereira, da Associação Paulista de Professores de Física e professor do Centro de Extensão Universitária, valorizaria ainda mais o esforço próprio do estudante brasileiro, pois na avaliação dos organizadores da olimpíada no Brasil falta apoio do governo ao ensino, ao contrário do que ocorre em outros países, como a Coréia.

Ozimar considera que, além de incentivar o jovem estudante brasileiro quanto à importância do desenvolvimento econômico e científico, as olimpíadas mostram as lideranças de outros países. Apesar da falta de apoio governamental, especialmente com relação ao ensino público, que dispõe de laboratórios precários e de um ensino de ciências que "deixa a desejar", o professor equiparou muitos estudantes brasileiros aos melhores de outros países.

Outro entrave destacado por Ozimar é a falta de valorização do conhecimento científico. "Enquanto parece natural um estudante passar muitas horas praticando esportes, há um grande estranhamento no caso daqueles que desejam dedicar mais tempo ao estudo de ciências." Segundo o professor, o perfil do estudante que participa da olimpíada é justamente o do jovem com mais talento para a área de ciências.

Olimpíadas

A III Olimpíada Internacional Júnior de Ciências, que será realizada em São Paulo, reúne estudantes do ensino médio de vários países. O objetivo do evento é estimular o ensino de ciências nas áreas de biologia, química e física. As provas têm nível de dificuldade semelhante ao da segunda fase do vestibular da Fuvest.

Para alcançar a classificação na IJSO, os participantes passaram por uma seleção baseada na apresentação de currículo e histórico escolar, além de uma monografia sobre energias alternativas. As provas, que vão até o dia 9/12, serão realizadas no campus Paraíso da Universidade Paulista (Unip).

O Brasil participa com 12 alunos, porque é o anfitrião da olimpíada. Os outros países, com seis aluno cada. Entre os estudantes brasileiros, todos do Estado de São Paulo, dez são de escolas particulares e dois de escolas da rede pública.

Segundo o professor Ozimar, mais importante do que saber a nacionalidade dos que ganharão as medalhas de ouro, prata ou bronze, é a experiência que os estudantes terão ao participar de um evento como as olimpíadas. "Também temos como objetivo fazer com que eles se integrem e conheçam um pouco das culturas de outros países", afirmou.

Além das provas, os estudantes participam, junto com os integrantes de outras delegações, de uma programação científica e cultural, como visitas ao centro histórico de São Paulo, ao Instituto de Física e ao Museu de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), ao Planetário do Ibirapuera, à Vila de Paranapiacaba, ao porto de Santos e à Usina Hidrelétrica de Corumbataí, na região de Rio Claro, entre outros locais.

alesp