Da RedaçãoAs idéias e propostas que o economista chileno Carlos Matus agrupou no conceito de planejamento estratégico situacional (PES) foram apresentadas em palestra proferida nesta sexta-feira, 24/9, na Assembléia Legislativa, por Fernando Assumpção Galvão, técnico da Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap) e administrador de empresas formado pela Fundação Getúlio Vargas. A iniciativa foi da Secretaria Geral de Administração.Segundo Galvão, o planejamento de um órgão como a Assembléia Legislativa deve levar em conta "no mínimo alguns princípios do PES", metodologia que revela maior flexibilidade ao considerar a atuação de outros agentes do contexto e a posição a partir da qual o planejador enxerga a realidade que pretende modificar."Ao contrário do planejamento tradicional, o PES não exclui a incerteza, reconhece que o planejador - o ator social - está dentro do da realidade planejada e não tem controle sobre ela", explicou Galvão.Ele considerou inadequadas as comparações entre planejamento no setor privado e no setor público. "O poder público só pode fazer o que a lei lhe permite, o que já limita a área de atuação do administrador e dificulta a inovação", avaliou.Ele criticou também a importação estrita de metodologias do setor privado para a área pública. "Qualquer metodologia que seja implantada na Assembléia Legislativa necessitará sofrer adaptações, porque as atividades que nela se realizam são muito complexas e suas relações com a sociedade são infinitamente mais amplas", afirmou.