Planejamento público requer estratégias flexíveis


24/09/2004 16:23

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Participantes da palestra organizada pela Secretaria Geral de Administração<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Palestra.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Da Redação

As idéias e propostas que o economista chileno Carlos Matus agrupou no conceito de planejamento estratégico situacional (PES) foram apresentadas em palestra proferida nesta sexta-feira, 24/9, na Assembléia Legislativa, por Fernando Assumpção Galvão, técnico da Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap) e administrador de empresas formado pela Fundação Getúlio Vargas. A iniciativa foi da Secretaria Geral de Administração.

Segundo Galvão, o planejamento de um órgão como a Assembléia Legislativa deve levar em conta "no mínimo alguns princípios do PES", metodologia que revela maior flexibilidade ao considerar a atuação de outros agentes do contexto e a posição a partir da qual o planejador enxerga a realidade que pretende modificar.

"Ao contrário do planejamento tradicional, o PES não exclui a incerteza, reconhece que o planejador - o ator social - está dentro do da realidade planejada e não tem controle sobre ela", explicou Galvão.

Ele considerou inadequadas as comparações entre planejamento no setor privado e no setor público. "O poder público só pode fazer o que a lei lhe permite, o que já limita a área de atuação do administrador e dificulta a inovação", avaliou.

Ele criticou também a importação estrita de metodologias do setor privado para a área pública. "Qualquer metodologia que seja implantada na Assembléia Legislativa necessitará sofrer adaptações, porque as atividades que nela se realizam são muito complexas e suas relações com a sociedade são infinitamente mais amplas", afirmou.

alesp