O virtuosismo técnico de Prescila Mazzola não se distancia do conceito do belo

Emanuel von Lauenstein Massarani
18/08/2003 14:00

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Prescila Mazzola<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/PMazzola180803.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A obra de Prescila Mazzola é bem contemporânea. Ela própria testa os diferentes materiais e as novas texturas. Entretanto, no campo da figuração objetiva, é uma defensora que se liga às tradições chamadas "clássicas" ao reafirmar a validade de um conceito, por muitos tido como anacrônico. Sob esse aspecto assume uma posição decisivamente polemica nos confrontos das modas atuais.

Sua atitude não deve ser compreendida como uma contestação a uma realidade atual, mas uma profunda convicção nos valores de sempre no âmbito da arte do desenho.

A arte figurativa de Prescila Mazzola deve ser considerada assim, fora e acima de toda polêmica, deve ser julgada em relação àquelas que são as qualidades expressivas do artista e avaliadas como manifestação de um excelente virtuosismo técnico e de um sentimento que não se distanciou do ideal conceito do belo.

Com efeito, através de um profundo respeito pelo "metier" de pintor, a sua poesia procede através de um modo semelhante de compreender a arte. Dominando tanto a técnica quanto a distribuição equilibrada da massa cromática sobre a superfície, todos os elementos são indicativos de uma forte personalidade artística.

Na obra "Perfil de Índio 1", doada ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, Prescila Mazzola demonstra seu grande interesse pela humanidade, dando ênfase a retratar os primeiros habitantes de nossa terra, que ela nos apresenta com uma pátina iluminada de otimismo.

A Artista

Prescila Mazzola nasceu em São Vicente, São Paulo, no ano de 1953. Em 2001 deixou para trás sua bem sucedida carreira de executiva para se dedicar exclusivamente às artes plásticas.

Em 2002 concluiu os cursos de história da arte na OPA, arte e literatura no Museu de Arte Moderna de São Paulo e materiais de pintura na Casa do Restaurador.

Sua obra é contemporânea. Trabalha com óleo, acrílico e técnica mista, testando diferentes materiais e texturas, usando diversos objetos do cotidiano e procurando sempre obter novos efeitos.

Participou de diversas exposições, destacando-se uma de caráter internacional em Paris, em junho de 2002. No Brasil, expôs na "Artexpondoarte", na Judith Duprá Arte e Galeria, SP; "Arte Contemporânea", no Espaço Cultural do Hotel Sofitel,SP; "Tendências Figurativas", Exposição Coletiva Internacional de São Paulo a Paris, Galerie Artitude, Village Suisse, Paris; Espaço Cultural V Centenário, na Assembléia Legislativa de São Paulo (2002).

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