A interioridade emotiva de Cristina Cangueiro revela-se tanto na figura feminina quanto na paisagem urbana

Emanuel von Lauenstein Massarani
13/09/2004 14:00

Compartilhar:

Cristina Cangueiro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Cristina CangueiroC.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra  Outono em São Paulo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Cristina Cangueiro Outono s paulo.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra ansiedade<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Cristina Cangueiro ansiedade.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Cristina Cangueiro encontra o seu motivo de inspiração na figura feminina e na paisagem urbana. São imagens da mente pintadas em telas com indefinidas figurações, onde fluidez atmosférica, transitoriedade temporal e rarefação visionária constroem imagens impalpáveis como fotogramas que se dissolvem, transformando-se em aparições dentro de uma realidade densa de luzes.

Personalidade complexa, seu empenho profissional e humano a torna mais atenta em direção dos verdadeiros valores da vida, que a levam a meditar sobre as poliédricas facetas da alma humana e externar esses sentimentos por meio da transposição pictórica. Vultos, olhares, sentimentos e emoções afloram, emergem e se tornam sensíveis protagonistas de vida vivida a cada dia.

Sua pintura tem cores esfumaçadas ou líquidas e atmosferas difundidas. A imagem pintada aparece como uma realidade impalpável, que pode ser atravessada para penetrar no íntimo do tema. É uma poesia às vezes murmurada, na essencialidade do traço gráfico, que parece exaltar-se nas cadências cromáticas.

Além de suas figuras, a artista dedica-se à paisagem urbana, sobre a qual encontra-se gravada a insignificância do ser humano frente à trágica grandiosidade do cenário. O homem é invisível, mas não ausente. Seus espaços vazios o envolvem, permitem-lhe confrontar-se com os jogos de luzes de pintura intimista e de realismo mágico. Suaves e fluidas, dão idéia de flutuação e evocam, à perfeição, o elegante movimento dos personagens.

Com tintas quentes ou frias, "Ansieade" e "Outono em São Paulo", obras doadas ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa de São Paulo, apresentam uma arquitetura que varia entre uma transposição de luzes, às vezes tênues, e a mítica distribuição das cores, reveladoras da interioridade e da intensidade emotiva da artista.

A Artista

Cristina Cangueiro nasceu em São Paulo, no ano de 1961. Trabalha com artes desde 1979. É artista plástica, decoradora e arquiteta urbanista. Formou-se na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Farias Brito e na Escola Panamericana de Artes. Foi premiada com Medalha de Prata no Salão de Arte Plásticc Himton São Paulo, em 2003.

Participou de diversas exposições, individuais e coletivas, destacando-se, entre elas: Acaaemia do Barro Branco (1990); Centro de Exposições Santa Therezinha (1991); 54° Salão Paulista de Belas Artes (2003); I Mostra Darcy Penteado de Arte, Mube (2003); "São Paulo Mais Humano" (2003); "Dia do Imigrante", Abach, SP (2003); Espaço Cultural Monte Verde (2003); XI Salão de Inverno de Artes Plásticas de Mairiporã (2003); "Férias na Fazenda", Abach, SP (2003); "Férias", Santos Galeria de Arte (2003); XII Salão de Novos Negócios, Expo Center Norte (2003); XVII Mostra de Arte da Granja Viana, E.C. Pinheiros (2003); IX Concurso de Arte Livre Saint Germain (2003); "Primavera", Santos Galeria de Arte (2003); "A Arte Brasileira em Portugal", Shopping Center D, SP (2003); "Fim de Ano", Santos Galeria de Arte (2003); "Um Encontro de Arte em Bauru", Bauru Shopping (2003); "Tacones", Teatro São Pedro (2003); "Tacones", Clube Esperia (2003); "Dia Internacional da Mulher", Hotel Parthenon Nortel (2004); "Estrelando", Abach, SP (2004); "450 Anos de Fundação da Cidade de São Paulo", Casa da Fazenda do Morumbi, SP (2004).

alesp