DA REDAÇÃO O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sidney Beraldo (PSDB), acompanhado pelos deputados Vaz de Lima, líder do PSDB, e Giba Marson (PV), esteve em Brasília, na última quinta-feira, 14/8, para entregar ao presidente da Câmara Federal, deputado João Paulo Cunha, e ao relator da Reforma Tributária, deputado Virgílio Guimarães, a conclusão do trabalho realizado pela Comissão de Acompanhamento da Reforma Tributária da Assembléia Legislativa de São Paulo.O trabalho da comissão, segundo afirmou Beraldo em entrevista, foi respaldado por diversos segmentos da sociedade e por especialistas da área, que contribuíram para a elaboração de um relatório final consistente. "Este relatório é um balanço do sistema tributário brasileiro e de países desenvolvidos e traz observações sobre alguns aspectos: a proposta do governo é tímida no que diz respeito ao objetivo de tornar a economia mais competitiva, pois, para que o Brasil cresça, é preciso reduzir a enorme carga tributária que onera consideravelmente a produção". Para Beraldo, com a centralização do poder, as Assembléias ficam impedidas de legislar. O presidente citou o exemplo do item da proposta federal, que concentra a arrecadação do ICMS na União, imposto responsável por 86% dos recursos do Estado. "Esta atitude é inversa ao desenvolvimento. Legislar sobre impostos no próprio Estado e Município, recebendo parte do bolo, é comprovadamente mais eficiente", afirmou.Beraldo disse ter observado, em sua visita à Câmara, que a preocupação principal do governo federal é com a continuidade da CPMF e, portanto, com a votação rápida da matéria. Ele considera alto o valor a ser cobrado pela contribuição. Quanto à votação da Reforma Tributária, o presidente acredita que a posição unânime dos governadores sobre a Previdenciária não deverá persistir, "porque os interesses são muito distintos". Beraldo entende que a aprovação da Reforma da Previdência seja um avanço importantíssimo para o ajuste fiscal e a diminuição do déficit público, que possibilitará novos investimentos e a retomada do crescimento econômico.