Transgênicos: a escolha deve ser do consumidor

Opinião
02/03/2006 10:48

Compartilhar:

Giba Marson<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/giba.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Quando o assunto é qualidade de vida, um assunto sempre vem à tona:

os transgênicos. Mais especificamente os alimentos transgênicos, que

ainda despertam grande curiosidade e geram muitas dúvidas em relação à

sua utilização.

Um organismo, seja planta ou animal, se torna transgênico quando,

através da engenharia genética, sofre alterações em suas características

ao receber genes de organismos de outra espécie.

Todo esse processo é feito em laboratório e todo transgênico é um

organismo geneticamente modificado. São os famosos OGMs.

Um alimento transgênico é aquele que contém qualquer ingrediente

derivado de organismo geneticamente modificado. Por exemplo: um bolo pode

ser considerado transgênico se for feito com farinha ou margarina de

milho geneticamente modificado.

Atualmente, 99% dos transgênicos plantados no mundo correspondem a

soja (61%), milho (23%), algodão (11%) e canola (5%).

E diversos tipos de alimentos transgênicos já estão à disposição

nos supermercados, sobretudo aqueles importados da Argentina, Canadá e

Estados Unidos, países onde é grande o cultivo dos transgênicos.

Mas a pergunta é: qual o problema de se consumir os transgênicos?

Na verdade, a comunidade científica de todo o mundo está dividida:

uma parte dos estudiosos diz que os transgênicos não fazem mal nenhum.

Já outros cientistas dizem que os transgênicos podem ser

prejudiciais à saúde humana, principalmente no que diz respeito a

alergias, e também podem causar danos ao meio ambiente, com riscos de

empobrecimento da biodiversidade.

Como o assunto é relativamente novo no mundo e as pesquisas ainda

não são conclusivas, a legislação a respeito dos transgênicos também está

engatinhando.

A questão a ser discutida é que, muitas vezes, o consumidor não

sabe que está comprando um alimento feito a partir de organismo

geneticamente modificado.

O ideal é que todos os produtos com ingredientes transgênicos

tragam esta informação bem visível na embalagem. Algumas empresas já

fazem isso, mas, como falei anteriormente, estamos só no começo desta

história. É importante frisar que quem deve decidir se consome ou não

produto transgênico é o consumidor, que tem todo o direito de saber a

composição daquele produto.

E sempre que houver dúvida, procure o serviço de atendimento ao

cliente que a maioria das empresas oferece. Elas têm a obrigação de

prestar todos os esclarecimentos que o consumidor necessitar, seja em

relação aos transgênicos, ou sobre qualquer outro assunto relativo ao

produto.

Nunca deixe de exercer o seu direito, pois isto é uma questão de

cidadania. A escolha deve estar sempre nas mãos do consumidor.



* Giba Marson é deputado estadual pelo Partido Verde.

alesp