Inspiração suscitada pela beleza do mundo, o pós-impressionismo de Guiomar de Souza

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
03/11/2005 16:23

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"Regata"<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/GUIOMARREGATA.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Guiomar, pseudônimo artístico de Guiomar Rodrigues de Souza<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Guiomar R de Souza.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> "Flores silvestres"<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/GUIOMARFLORESSIVESTRES.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A arte de Guiomar de Souza é ligada à vida e é, portanto, expressão de vida, feita de realidade, de cor e de luz que saem de uma paleta diversificada onde os tons e os semitons se entrelaçam, se decompõem e se recompõem num empaste policromático cativante, capaz de constituir um todo harmônico plenamente realizado.

O que imediatamente se nota em sua pintura é o magma da cor, densa e quente, que coloca na tela, fixando a imagem escolhida com uma feliz aproximação de ascendência claramente pós-impressionista.

Guiomar de Souza pinta sob um impulso irresistível e sua pintura sempre foi uma necessidade de vida. Quando a vontade incontida de manipular a cor e a forma explode, existem momentos que a artista não pode fazer outra coisa a não ser pintar.

Sobre cada elemento predomina a cor com suas fortes ascensões, caracterizando sua linguagem pictórica. Os temas revivem assim em suas telas, transfigurados numa visão intensamente subjetiva e concretizados com robustas pinceladas espontâneas e imediatas. Trata-se de um pintar a jato, concretizado no calor da inspiração suscitada pela beleza do mundo.

Como pode se verificar através das obras "Regata" e "Flores silvestres", doadas ao acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a artista não permanece escrava dos temas e de sua consistência material, mas, para traduzi-los em pintura, busca transmitir sua vitalidade e fazer aflorar a energia da matéria que os criou.

A Artista

Guiomar, pseudônimo artístico de Guiomar Rodrigues de Souza, nasceu em São Paulo, em 1918. Desde criança manifestou seu interesse pelo desenho e pela pintura, chegando a pintar na escola escondida de seus professores. Na falta de material apropriado pintava com batom e sombra para olhos.

Seguiu cursos de pintura e desenho na Escola de Belas Artes, na Faculdade Panamericana e no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Freqüentou os ateliês de Sérgio Longo e Severino Ramos, onde se especializou em impressionismo, neoclássico e surrealismo. Com o professor Moro, da Art Place, se dedicou a pintar naturezas mortas e motivos florais.

Participou das seguintes exposições individuais: Espaço Cultural da Caixa Econômica Federal, SP (1981); Espaço Cultural do Banco do Brasil, Moema (1982); Cantina do Marinheiro, SP (1985); Vista ao Mar, Santos, SP (1986); Espaço Cultural do Sheraton Mofarrej (1988); Espaço Cultural do Residence Sutton House, SP (1990); Espaço Cultural do Banco Real, SP (1992); Espaço Cultural Parque Balneária, Santos (1994); Terrina Jardins, SP (1996); Peixe com banana, Ubatuba, SP (1998); Piccolo Giovanni, Santos (2001); Espaço Cultural Ilha Porchat Clube, São Vicente (2002); e Espaço Cultural de A Hebraica SP (2003).

Esteve presente em diversas mostras coletivas, destacando-se entre elas: Espaço Cultural da Caixa Econômica Federal, Ibirapuera (1980); Espaço Cultural Banco do Brasil, SP (1983); Centro Cultural da Caixa Econômica Federal (1985); Espaço Cultural Nossa Caixa, SP (1988); Tênis Clube de Campos do Jordão (1989); Atelier de pintura Sergio Longo, SP (1990); Centro Cultural Itaú, SP (1992); Casa da Marquesa de Santos, Santos (1995); Espaço Cultural Banco Real (1998); Galeria Art Place, SP (1999); Galeria André, SP (2000); Galeria São Luiz, SP (2001); Galeria Valoart, SP (2002).

Em 2003, recebeu Menção Honrosa e em 2004 o 3º Prêmio do Concurso do Banco Real. Suas obras encontram-se em coleções particulares de São Paulo, Santos, Campos de Jordão e Ubatuba, e, no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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