A semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher é uma excelente oportunidade para apresentar também as obras de algumas artistas contemporâneas brasileiras cujos trabalhos são o resultado da visão artística feminina junto à realidade da arte.A esse propósito, curiosa é a indagação, que merece ser refletida, do escritor Tadeu Chiarelli: "Entendendo a arte como uma forma de réplica do sujeito à realidade que o cerca " réplica esta capaz de transformar a realidade que a motivou ", seria possível concluir que existiria uma arte de natureza feminina, assim como uma arte de natureza masculina?".Vale salientar que a partir de meados do século XX grande número de artistas mulheres trouxe para o âmbito das artes visuais "produções que, decididamente, pareciam não ser frutos de experiências masculinas". Odette Eid: "Mulher Que Carrega o Mundo"- Trata-se de uma significativa homenagem da artista à mulher-mãe: camponesa, operária, empresária, artista, parlamentar e chefe de Estado, cuja atuante presença nos diversos campos socioculturais é demonstração de sua real importância no mundo de hoje.Cristina Carneiro: "Devaneando" - Se constitui numa obra repleta de emoção, mas que deixa descobrir, sem dúvida, a unidade de seu pensamento através da fidelidade a algumas teses e ao prosseguimento de uma pesquisa que deve continuar obstinada, quase metódica.Cândida Botelho: "Concreto Amoroso" - O sonho, o encantamento, o mistério, o drama, o anedótico, aparecem equilibrados nas suas esculturas figurativas onde proporção e forma evidenciam a qualidade.Guita Lerner: "Introspecção" - Sua obra é a demonstração do que a tradição pode realizar com um só tema e um talento pessoal capaz de acrescentar a todo o charme da mulher moderna um ar pompeiano.Denise Barros: "Menina moça" - Verifica-se que o humano não nasce na artista externando e ilustrando uma forma figurativa, nasce sim como processo interior que cava na própria forma uma presença humana.