DA REDAÇÃO O secretário de Juventude, Esporte e Lazer, Lars Grael, iniciou a explanação sobre as atividades de sua Pasta, destacando a falta de recursos da Secretaria. Sua participação aconteceu em reunião da Comissão de Esportes e Turismo, realizada nesta terça-feira, 26/8, sob a presidência do deputado Marquinho Tortorello (PPS). "Temos registrado 88 milhões de reais em pedidos de infra-estrutura e 51 milhões de reais em orçamento, número inferior ao da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer de São Paulo."Entretanto, Grael disse que seu objetivo não era reclamar, mas propor soluções, como, por exemplo, a efetivação de parcerias. "O esporte chega ao cidadão como uma forma de combate à violência, uma vez que proporciona lazer aos jovens. Exemplo disso é o programa desenvolvido pela prefeitura de São Caetano que investe em seus jovens e teve reduzido os índices de criminalidade."Grael lembrou que sua Pasta tem alguns programas agregados à ciência e tecnologia e outros voltados a deficientes físicos. "Também queremos diagnosticar os conjuntos esportivos do Estado, pois sabemos que a maioria está deteriorada e nossa prioridade é investir em reformas e construir apenas em localidades que não possuem qualquer espaço desse gênero."O secretário citou as parcerias que a Secretaria implementou com a Unilever, para a cobertura de quadras, e com a BMF, para a reestruturação do estádio Ícaro Mello (Ibirapuera).Respondendo aos deputados"A restrição orçamentária ao esporte é uma tendência nacional. Ao menos temos uma dotação maior que a do Ministério", respondeu Grael a questionamento do deputado Enio Tatto (PT). O secretário disse que é preciso inverter a ordem e mostrar que o esporte tem que constar na agenda de um governo sério. "Quanto à conversão do Carandiru no Parque da Juventude, a licitação está suspensa, mas parte das obras foram realizadas com orçamento próprio e entregaremos à população no próximo dia 14/9 parte do complexo esportivo", disse Grael.Sobre outra pergunta de Tatto, o secretário afirmou que existe sim mercantilismo nos Jogos Abertos do Interior e para minimizar o problema foram instituídas oito ouvidorias. "Pretendemos mudar o regulamento, para contar com a participação de federações esportivas que se comprometam em atestar a origem dos atletas, de forma a coibir a importação de esportistas de outro Estado", disse Grael, apontando que outra proposta é a realização dos jogos no mesmo período em cada Estado. "A coincidência impediria que atletas de fora competissem em São Paulo."As obras do centro esportivo da Raposo Tavares, segundo Grael, terão a licitação retomada na próxima terça-feira. Para o deputado Rogério Nogueira (PDT), o secretário informou que há meios de se investir no esporte com parte de verbas excedentes da educação. "É o caso de Sertãozinho, onde os terrenos destinados à construção de espaços esportivos foram incorporados a escolas municipais e, portanto, implementados com recursos da educação, porém também utilizados por alunos dessas escolas."Grael concluiu sua apresentação, concordando com o deputado Turco Loco (PSDB) no que diz respeito à participação dos atletas nos setores públicos. "A gestão do esporte tem que ser feita por alguém comprometido com a prática."