A Frente Parlamentar em Defesa do Setor Químico, Petroquímico e Plástico, lançada nesta quinta-feira, 21/6, na Assembléia, teve como foco de seu primeiro debate os prejuízos à indústria paulista provocados pela chamada guerra fiscal entre os Estados. O deputado Vanderlei Siraque (PT), autor da iniciativa, foi indicado para presidir a frente. Além da participação do presidente da Alesp, deputado Vaz de Lima, e do primeiro secretário, deputado Donisete Braga, a reunião teve a presença do prefeito de Santo André, João Avamileno, coordenador do Grupo de Trabalho sobre o setor no Consórcio de Municípios do Grande ABC, representantes sindicais dos trabalhadores e da indústria, parlamentares que compõem a bancada do Grande ABC e outros deputados que vieram manifestar seu apoio à iniciativa.Redução de alíquotasA prática de redução de alíquotas do ICMS, que o governo estadual tem recorrido como meio de resistir à migração de empresas para outros Estados foi um dos aspectos abordados pelo presidente da Assembléia ao enfatizar que o Executivo e o Legislativo estão atentos à tomada de medidas para diminuir o impacto da guerra fiscal sobre a economia de São Paulo. "Os danos provocados pela guerra fiscal em nosso Estado são discutidos pela Assembléia desde o governo Mário Covas, que resistiu a ela o quanto pôde", declarou o deputado Vaz de Lima."No caso do trigo, estávamos na iminência de perder todo o setor produtivo fixado no Estado", lembrou o presidente, referindo-se à redução da alíquota sobre o trigo, decretada pelo ex-governador Geraldo Alckmin. "Mas isso (a redução de alíquotas do ICMS) deve ser feito de forma consciente, pois afetará na ponta os municípios, as universidades etc".O presidente Vaz de Lima disse também que fez questão de prestigiar o lançamento da frente suprapartidária pelo desenvolvimento do segmento, por reconhecer sua importância fundamental como gerador de emprego e riquezas. Melhor esquinaO primeiro secretário da Alesp afirmou que a presença do prefeito João Avamileno e a união multipartidária em torno do debate, protagonizada pelos deputados do Grande ABC que integram a frente, demonstram que há "100% de convergência" em relação à necessidade de desenvolver o setor químico, petroquímico e plástico. Segundo o deputado, a conclusão das obras do rodoanel, a união entre as avenidas Jacu-Pêssego e do Estado, a presença das indústrias automobilística e metalúrgica e a ampliação do pólo petroquímico de Mauá farão com que o Grande ABC se torne "a melhor esquina para o desenvolvimento econômico paulista".