Caravana propõe integrar ações para mudar a relação entre jovens e violência


20/09/2007 18:14

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André Porto<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/COMUNIDADE SEGURA ANDRE PORTO MAU_0018.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Clarissa Huguet<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/COMUNIDADE SEGURA Clarissa Huguet MAU.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Comunidade Segura 2007 discute violência entre jovens e adolescentes na Alesp<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/COMUNIDADE SEGURA GERAL (1)MAU.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Em sua parada em São Paulo, a Caravana Comunidade Segura 2007, criada pela Organização Viva Rio, procurou reunir nesta quinta-feira, 20/9, na Assembléia Legislativa, poder público e sociedade para discutir a violência entre jovens e adolescentes.

"Precisamos acabar com o mito de que os jovens são os principais perpetradores da violência", afirmou Clarissa Huguet, da equipe de trabalho Crianças e Jovens em Violência Armada Organizada, da Viva Rio, e autora da cartilha "O impacto da violência sobre crianças e jovens", distribuída no evento. Ela apresentou levantamento feito pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, segundo o qual 1% dos homicídios e 4% do total de crimes (a maioria contra o patrimônio) no Estado são cometidos por jovens.

Clarissa complementou sua exposição com dados da Subsecretaria da Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (SPDCA), do Ministério da Justiça, que apontam que, em 2004 os 39,6 mil adolescentes em conflito com a lei representavam apenas 0,2% do total de 25 milhões de jovens no Brasil. "Esse número não justifica mexer em cláusula pétrea da Constituição, para reduzir a maioridade penal", ela argumentou.

Para redirecionar o foco dessa discussão e reverter conceitos amplamente disseminados, a Caravana Comunidade Segura tem entre seus objetivos criar uma rede que, a partir de ações locais, adote medidas práticas, integrando poder público, Igreja, ONGs e outros atores, afirmou André Porto, coordenador da caravana.

"Para o futuro do país é fundamental a união de forças de quem trabalha com a questão dos jovens e crianças em situação de risco. Precisamos desarmar essa bomba-relógio", ele afirmou.

Na avaliação de Clarissa, o momento para essa mudança é oportuno. Um dos indicadores dessa transformação, segundo ela, é o Programa Nacional de Segurança em Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça, que abrange 94 ações e "volta os olhos para os jovens que já estão envolvidos com a criminalidade. Antes, o jovem precisava estar estudando para poder participar de programas do governo federal".

Oficinas de capacitação e discussão de propostas foram algumas das atividades da Caravana Comunidade Segura, que está em sua quarta edição e este ano já passou por Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Belém. Também participaram do seminário inicial, na Assembléia Legislativa, representantes do movimento Sou da Paz, do Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e Tratamento do Delinqüente (Ilanud) e da Japan International Cooperation Agency (Jica).

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