CPI ouve presidente do Cremesp e vítima de erro médico


29/09/2009 19:04

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Deputados Pedro Tobias, Uebe Rezeck e João Barbosa <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2009/ERROMEDICODEPSMAC 04.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Henrique Carlos Gonçalves e José Bittencourt <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2009/ERROMEDICOHENRIQUECARLOSGONCALVESJBITTENCOURTMAC 08.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Elizabeth da Silva Borba e Brito<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/09-2009/ERROMEDICOElizabethdaSilvaBorbaeBrito01MAC.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A CPI constituída com a finalidade de investigar denúncias de erro médico, presidida pelo deputado José Bittencourt (PDT), ouviu, nesta terça-feira, 29/9, o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Henrique Carlos Gonçalves, e a vítima de erro médico Elizabeth da Silva Borba e Brito.

O presidente do Cremesp afirmou que o órgão tem agido em todos os campos da medicina, inclusive na fiscalização. Contudo, em sua opinião, os governos têm deixado a desejar na proteção à saúde das pessoas.

Informou que 80% dos casos de denúncias de erro médico decorrem de falha estrutural dos serviços de saúde. Os outros 20% são efetivamente falhas cometidas por médicos, em geral em função da má formação acadêmica. "Somos campeões em número de escolas de medicina, mas em termos de qualidade, deixamos muito a desejar", declarou.

De acordo com os esclarecimentos do depoente, os médicos podem ser julgados em quatro instâncias: criminal, cível, administrativa e ético-profissional, pelos seus pares, através dos conselhos regionais de medicina de cada Estado.

Quando se trata de erro médico, o Cremesp leva as investigações às últimas consequências, afirmou Henrique Carlos, negando a existência da chamada "máfia branca" e reiterando o interesse do conselho de esclarecer todas as denúncias que recebe.

Elizabeth da Silva Borba e Brito contou aos deputados a série de erros médicos dos quais foi vítima. Sua saga começou quando, numa cirurgia de vesícula, associada a cirurgia plástica, não teria sido colocado um dreno, levando à ruptura do músculo reto abdominal. A partir daí, Elizabeth iniciou um verdadeiro périplo por hospitais, sendo submetida a intervenções e exames, um deles lhe causando graves queimaduras. Atualmente, tramitam dois processos referentes aos direitos do consumidor. No entanto, de acordo com Elizabeth, os processos não puderam ser julgados porque o Instituto de Medicina Social e Criminologia (Imesc), órgão governamental, teria periciado erradamente o seu problema.

Compareceram também à reunião da CPI os deputados Milton Flávio (PSDB), Uebe Rezeck (PMDB), Pedro Tobias (PSDB) e João Barbosa (DEM).

alesp