Assembléia Popular


01/11/2007 10:46

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Mauro Alves da Silva<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/ASS POP Mauro Alves da Silva04.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Merice Andrade de Quadros<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/ASS POP merice02.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Josanias Castanho Braga<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/ASS POP josanias02.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Willian Aguiar do Prado<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/ass pop wilian aguiar do prado04rob.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Atitude fascista

A proibição de uso de aparelho celular nas escolas públicas foi alvo de crítica de Mauro Alves da Silva, do Grêmio Social, Esportivo e Recreativo Sudeste. "Proibir o uso do celular é uma atitude estúpida, antidemocrática e fascista", ponderou, criticando a iniciativa do deputado Orlando Morando (PSDB), que, segundo o orador, "não entende nada de educação, pois desconsidera que a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) dá autonomia para as escolas regularem as regras de convivência dentro das escolas".



Respeito e dignidade para os moradores de rua

"Precisamos de um prefeito que trate a população de rua com respeito e dignidade", falou Robson Mendonça, do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua em São Paulo. Segundo ele, o atual prefeito, através de seu secretariado, não aceita ir à Câmara Municipal debater a questão dos moradores de rua. "Sou contra a hipocrisia desse prefeito no tratamento da população de rua", arrematou.

Vergonha da Democracia

A delegada Maria Lima Matos, do Movimento de Mulheres em Defesa da Vida, voltou a criticar o governo Serra. Segundo ela, "a vergonha da Democracia, da soberania nacional, do objetivo maior da República que é o bem-comum de todos, sem nenhuma distinção". Para ela, o interesse social e coletivo está acima de tudo e o governo Serra não age de modo a propiciar o bem-estar da população. Ela citou o caso das favelas do Guarujá e do centro de São Paulo, onde, segundo ela, há poucas viaturas da Polícia Militar.

Memorial Chico Mendes

Luiz Álvaro Silva, do Projeto Portas, pediu a ajuda dos deputados da Assembléia paulista para corrigir as distorções no mapa divulgado pela CPTM que, segundo ele, contém mais de 30 erros em nomes de rua " algumas inexistentes " e da localização de praças e ruas na região da estação Autódromo. O orador falou de sua proposta de transformar a região em uma estação ecológica para aproveitar o potencial eco-turístico do local, inclusive com a transformação da praça Chico Mendes em Memorial Chico Mendes.

Corrupção na Imprensa Oficial

Sárvio Nogueira Holanda, da Imprensa Oficial do Estado, citou o fato de o governador José Serra ter trocado o secretário da Comunicação, mas tê-lo mantido como presidente da Imprensa Oficial do Estado. Mencionou matéria publicada no dia 27/9 do jornal O Estado de São Paulo em que o citado presidente é acusado de responder a processos por ações ilícitas. "Ele tem de sair da Imprensa Oficial", pediu o orador, acrescentando que as condições de trabalho na Imprensa Oficial são marcadas pelo autoritarismo e pela corrupção.

Alfabetização a jato

José Roberto Alves da Silva, do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública (COEP), elogiou o governador José Serra por ter vetado a lei que institui o ensino religioso obrigatório nas escolas do Estado e a que estabelece sistema de gasto público com a educação que privilegia certas categorias. Denunciou o fato de que os diretores de escola não estão cumprindo a lei que obriga o uso de uniformes e informou que protocolou representação contra a secretária de Educação porque ela, ao invés de propor o Plano Estadual da Educação, disse que é possível alfabetizar em dois meses.

Harry Potter libertador

Darcy Rosa dos Reis, representando diversos setores carentes, lembrou que em outra ocasião afirmou ser Harry Potter "libertador do cabresto das ideologias" e que sua fala teria aumentado consideravelmente o valor da venda da primeira edição do livro que ocorreu no dia seguinte. "Eles me devem parte dessa venda", reivindicou. Disse, também, que o "nosso serviço social" não está preparado para atender o ser humano que é tratado como "mero objeto".



Vai começar a roubalheira

Anderson Cruz, do Instituto Educação de São Paulo, lamentou que sua alegria por ter sido o Brasil escolhido para sediar a Copa do Mundo de futebol de 2014, logo tenha se transformado em tristeza. "Vai começar a roubalheira, como no Panamericano", alegou. O orador afirmou ser "estranho" que o PT ande hoje de mãos dadas com a CBF de Ricardo Teixeira quando antigamente sempre se opôs a ela. Finalmente, perguntou: "quem pagou o avião do oba-oba de ontem?".

Parcialidade não

Rosângela Veiga da Silva discordou do orador que a antecedeu por ter dito que a mulher não entende de futebol. "Entende sim", disse ela, lembrando que a equipe brasileira é a atual vice-campeã mundial. Rosângela agradeceu a carta que recebeu do procurador-geral de justiça, Rodrigo Pinho, sobre reclamação que havia feito. Ela criticou, ainda, suposta parcialidade de Ana Kaline, apresentadora da TV Assembléia em debate sobre proibição de celulares em salas de aula.

Caos na Saúde

Membro do Sindicato da Saúde de São Paulo, José Baia de Lima, foi enfático ao afirmar que o "atendimento da Saúde no Estado é um caos". Baia disse que São Paulo por ser a "locomotiva do país", responsável por 40% do PIB nacional e receber pessoas de todas as regiões do Brasil, merecia uma situação melhor. Para o orador, são poucos postos de AMA (Assistência Médica Ambulatorial) para milhares de pessoas. Entretanto, aos profissionais da área, a quem Baia chamou de "anjos de branco", ele foi só elogios: "se não atendem melhor, é porque lhes falta material", concluiu.



Desrespeito à Constituição

Conclamando pela união dos cidadãos para lutarem pelos direitos sociais, Ana Maria Franco de Andrade Miranda, da União dos Moradores da Vila João Canuto, disse que só há tantos moradores de rua por desrespeito à Constituição Federal, que prevê direito à moradia para todos os brasileiros. Ana Maria entende que é necessária maior união dos grupos organizados que lutam, por exemplo, pela Saúde, Educação e Transporte, a fim de que os movimentos sociais sejam mais fortes.

Diplomas fajutos

A presidente do Núcleo de Apoio e Alunos, Cremilda Estella Teixeira, disse que não faz política partidária, apenas atua em defesa de um sistema de ensino melhor. Ela afirmou que faz constantes críticas ao PSDB por estar atualmente no poder. Cremilda relatou casos de venda de diplomas. Segundo ela, o maior culpado é o governo do Estado. "Quem dá diploma de ensino médio para aluno que não sabe escrever é criminoso!", protestou Cremilda.



Providências urgentes

Josanias Castanho Braga, do Movimento Social Parelheiros, mencionou os transtornos causados aos moradores de Parelheiros devido às constantes enchentes. Ele chama a atenção da subprefeitura para que mande limpar um córrego existente na região que, segundo ele, está provocando a inundação da avenida Sadamu Inoue. "Se não tomarem providências, vamos ficar ilhados", adverte. E como uma das alternativas para o tumultuado tráfego na capital, Josanias sugere que os governantes invistam num transporte de massa de qualidade. Ele solicitou ainda a implementação de uma alça de acesso no Rodoanel.

Mulheres no poder

Merice Andrade de Quadros, da Organização Não-Governamental Embu-Guaçu em Ação, parabenizou a Argentina, que acaba de eleger uma mulher para a Presidência. Ela acredita que as mulheres estão ocupando mais espaço político e aconselhou o Brasil a fazer como os argentinos. Merice levantou também algumas problemáticas vivenciadas pela população como as más condições em que se encontram as estradas e a venda de produtos com prazo de validade vencidos. Ela afirma que supermercados como o Extra e o Carrefour estão vendendo produtos estragados e pede para que a Saúde Pública fiscalize tais fatos imediatamente.



Irregularidades no HC

A manchete publicada no Jornal o Estado de São Paulo em 14/10 foi a base da denúncia de Luiz Silveira, do Movimento Brasileiro Contra a Indústria da Doença. Segundo o orador, um ex-diretor do Hospital das Clínicas acusou a entidade de cometer irregularidades como o furto de materiais e de remédios. Luiz criticou ainda a recusa do hospital em atender a população que chega ao pronto-socorro. "Além de imoral e inconstitucional, esse ato administrativo é ilegal e considerado um crime", concluiu. Luiz Silveira solicita que os deputados desta Casa instaurem, com urgência, uma CPI para apurar o caso.

Críticas a Kassab

"Quem punirá Kassab pelos pescoções que ele deu em um idoso?" Foi uma das indagações que William Prado (Movimento Popular de Saúde Parelheiros "Marsilac) fez sobre o Prefeito Gilberto Kassab. Em relação às escolas de lata, criadas por Kassab, então Secretário de Planejamento do prefeito Celso Pitta, Prado se admira do prefeito se vangloriar por ter acabado com sua criação. Suas críticas ao prefeito Kassab estenderam-se também à política de transportes públicos, fundamentada na extinção de linhas "para economizar dinheiro para a prefeitura" e afirmou que os ônibus que estão sendo reativados em sua região são aqueles que estão totalmente sucateados. Sua críticas estenderam-se também ao AMA, "um PAS enrustido".

CPI e Padre Júlio

Josemar de Campos Silva, cidadão, admira-se de que, embora tendo apresentado provas que podem fundamentar uma CPI do sistema prisional, nada acontece e ninguém lhe deu ouvidos. Por causa disto ele irá ao Ministério Público Estadual, levando o caso. Em contrapartida ele reclamou que, mesmo sem provas concretas, "a imprensa continua castigando o Padre Júlio Lancelotti". Silva sublinhou ainda a atuação do deputado Major Olímpio na questão das denúncias de corrupção no sistema prisional.



O que não houve

Flávio Antas Corrêa, cidadão, declarou que no Brasil não houve uma ditadura militar, mas um governo militar. Espantado com a velocidade que o processo de Carlos Lamarca correu na justiça, ele lamenta que o mesmo não tenha acontecido com as vítimas militares mortas pela guerrilha, como Mendes Júnior e Mário Kozel. Apesar disso, Corrêa disse que é "necessário que não deixemos que os mortos voltem, porque é preciso que eles descansem."



O programa Assembléia Popular coloca uma tribuna à disposição dos cidadãos que queiram expor sua opinião a respeito de um tema de interesse da comunidade, todas as quartas-feiras, das 12h às 13h. As inscrições podem ser feitas no próprio dia em que os oradores pretendem fazer uso da palavra, das 11h15 às 11h45, no auditório Franco Montoro, no andar Monumental da Assembléia Legis¬lativa. Para isso, os interessados devem preencher um formulário no local, res¬pon¬sabilizando-se pelas opiniões que serão emitidas. É necessária a apresentação de documento de identidade. Cada inscrito pode falar por, no máximo, dez minutos. As sessões da Assembléia Popular são transmitidas pela TV Assembléia aos sábados, às 12h, pelos canais 13 da NET e 66 da TVA.

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