Museu de Arte do Parlamento de São Paulo - Tatiana Clauzet


08/10/2010 15:56

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Tatiana Clauzet<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2010/Museu de Arte - artistaTatiana Clauzet [1].jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Paz<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2010/Museu de Arte - ObraTatiana Clauzet [1].jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A obra de Tatiana Clauzet: interdependência

do traço pontilhado e das estruturas visuais




Tatiana Clauzet alimenta lentamente o trabalho sobre suas telas até que elas alcancem uma coerência e uma autonomia plástica satisfatória. Em vez de ver um objeto sobre a tela, a artista se preocupa em olhar o movimento, a forma e a cor desses pequenos pontos, que formam um todo e resultam quase um vitral. São eles que provocam nossa sensibilidade, própria a captar a mensagem da pintura.



Fascinada por essa explosão colorida e pela invenção plástica que obriga à reflexão, suas obras possuem uma figuração que não estamos habituados a ver. Sua prioridade é a riqueza pictural, dominando o objeto como tal.



O que marca a pintura de Tatiana Clauzet é sua individualidade inconfundível. Abstracionismo, seguramente não! E muito menos figurativismo no sentido clássico do termo. Ela constrói seus quadros dentro de um clima de fantasia.



O seu pontilhismo se transforma numa pintura de sonho, pronta a enunciar e aprofundar uma imagem lucidamente onírica, na qual emergem outros motivos dialéticos, a começar por uma sequência de formas geométricas temperadas pela organicidade dos traçados e do conteúdo. O todo cria uma verdadeira rosácea com sabor do novo milênio.



Trata-se de um sonho com olhos abertos, sempre mais explícito no objetivar a interdependência do traço pontilhado e das estruturas visuais. Entretanto também a cor, muito além do informal, está cada vez mais diversificada e expressiva.



A pontualidade estética das cores inclui seu significado simbólico, sem porém sufocá-la. Dela resulta, consistente, a descoberta de um novo conceito de vida, que tem sua origem na mesma fonte remota de um sentimento sagrado e cósmico.



Na obra "Paz", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a grande virtude de Tatiana Clauzet é sobretudo a musicalidade que ela transmite, harmônica e melodicamente. É a festa dos próprios sentimentos e dos próprios sentidos que a artista transmite em suas obras. Quem olha seus quadros reencontra a alegria de viver.



A Artista



Tatiana Clauzet nasceu em São Paulo em 1980. Após realizar seu curso colegial, em 1998 foi para Austrália. Lá, durante dois anos realizou uma experiência insólita de morar no deserto central daquele continente. Fascinada pelas cores e paisagens que ali encontrou, dedicou-se à pintura como autodidata. Regressou ao Brasil no ano 2000 e passou a residir no Parque Nacional de Itatiaia, Estado do Rio de Janeiro.



Participou das exposições "Haweker Art Show", na cidade de Hawker, Austrália (1999); The Convent Gallery, Daylesford, Austrália; XVI Mostra de Arte da Granja Viana, SP e Aix La Chapelle, Daylesford, Austrália (2000); Espaço Cultural da Universidade Federal de São Carlos; ABRA - Academia Brasileira de Arte, SP; "Yacumana, Arte e Mitologia da Serpente", Museu Histórico do Butantã, SP (2001); MAM - Museu de Arte Moderna, Resende, RJ; Museu do Parque Nacional de Itatiaia, RJ; Espaço Cultural Tanger, SP (2002); "Natureza Viva", Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Casa da Fazenda do Morumbi, SP.



Juntamente com o artista Christian Spencer executou o painel "Oca dos Curutus" na fazenda Pedra Vermelha, Analândia, SP. Suas obras encontram-se em diversas coleções oficiais e particulares na Austrália, Brasil e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp