Classe média abandonada

Falando da movimentação da classe média em busca de soluções, na primeira semana de agosto " o "Cansei" de iniciativa da OAB, o "Cansados" da CUT e as greves que se sucedem ", José Roberto Alves da Silva, do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública, declarou que a considera necessária. "Em meio à crise da aviação, o segmento social sofre o abandono do governo. Os integrantes do PT, que tanto reclamavam contra a inércia dos governantes quando estavam na oposição, agora nada fazem em defesa da população."

Desempenho da Educação

A representante do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos, Cremilda Estella Teixeira, teme que a composição atual da Secretaria da Educação tenha um desempenho pior do que a anterior. "Isso porque a secretária adjunta que tomou posse vem da secretaria municipal, onde nada fez para melhorar a situação", explicou. Segundo Cremilda, a secretaria, na gestão anterior, já não atendia de forma adequada nem aos pais de alunos, nem aos professores, mas agora não está atendendo nem a imprensa de Marília. "Para obter informações, os interessados devem procurar a secretaria na cidade de São Paulo. A situação é grave, e há perigo de ficar ainda pior!"

Trânsito de Parelheiros

Giovane Christe Helfstein, do Movimento Social Parelheiros, reclamou da péssima situação do trânsito no bairro. "As avenidas locais são tão perigosas que freqüentemente há acidentes com vítimas fatais", alertou. Giovane solicitou providências dos responsáveis pela Secretaria Municipal de Transportes e pela CET para a solução dos problemas, sugerindo instalação de lombadas.

Proteção para os moradores de rua

Para Robson César Correia de Mendonça, integrante do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua em São Paulo, a situação dos moradores está perigosa. Ele acredita que o prefeito Kassab manda seus administradores, fantasiados de servidores públicos, espancar, jogar água e roubar os pertences dos moradores de rua em vez de protegê-los, como é seu dever. Então pergunta: "onde está o respeito aos direitos humanos e constitucionais? O prefeito atual tem de ser substituído, pois ele é pior que Hittler!".

Capitalismo selvagem

Na opinião do líder dos moradores do Jardim Tremembé, Sílvio Luiz Del Giudice, estamos vivendo atualmente uma situação que é fruto dos programas neoliberais do capitalismo, que nortearam os governos anteriores a Lula. Conclamou providências do presidente e do senador Suplicy para desenvolverem um programa de inclusão social. Na sua visão, o prefeito da cidade de São Paulo, que tem medo de causar prejuízo aos empresários, dá prosseguimento aos antigos programas de capitalismo selvagem: permitiu a instalação de empresa no Tremembé que se constitui em ameaça de inundação na época das chuvas.

Reivindicações de melhorias

O orador José das Mercês de Freitas, da Associação dos Moradores de Vanguarda do Jardim Icaraí, fez uso da tribuna para reivindicar diversas melhorias à sua região. Ele denunciou a precariedade da saúde, solicitou a visita de fiscais sanitários e pediu adequações ao transporte, principalmente nos bairros do Grajaú e São Bernardo. José das Mercês também protestou contra o consumo mensal permitido pela Sabesp para isenção de tarifa, que é de 10 mil litros de água. Segundo ele, esse limite é baixo e não atende às famílias com crianças. "O excedente implica em cobrança dobrada da tarifa. Isso tem que ser revisto", finalizou.

Desperdício de dinheiro

A propaganda eleitoral apresentada pelo Partido dos Trabalhadores na semana passada foi severamente criticada por Anderson Cruz, do Instituto de Educação de São Paulo. "É tudo marketing partidário. O PT já foi o governo do povo, mas hoje pertence a uma corja em Brasília, que nada faz pela população", censurou. Ele mencionou ainda o investimento previsto de R$ 200 milhões para o Brasil sediar o Pan, mas acabou ultrapassando a casa dos 2 bilhões. Anderson considera o esporte importante, mas, na sua opinião, esse gasto foi um desperdício de dinheiro.

Fábrica de multas

Maria Aparecida Nunes, da Associação dos Amigos do Vale do Ribeira, pediu explicações ao governo Serra sobre o dinheiro arrecadado com o pedágio em Ilha Comprida e reclamou das multas cobradas após a instalação de câmeras. "Aquilo lá é uma fábrica de multas", advertiu. Maria Aparecida afirma que a cidade não tem rodoviária, o que obriga os moradores a tomarem ônibus nas rodovias, e ainda a pagarem taxas de embarque. Além da construção de uma rodoviária, a representante do Vale do Ribeira pede que a prefeitura asfalte algumas estradas da região.

Rolo compressor

A falta de aumento aos aposentados e pensionistas foi o foco do discurso de Clóvis de Oliveira, Associação dos Funcionários Civis e Militares do Brasil. "Há 13 anos o governo não dá aumento aos aposentados", ressaltou. Clóvis acusa os deputados estaduais de aprovarem rapidamente projetos do governo que prejudicam a classe, atitude comparada por ele a um rolo compressor. "Não há questionamentos e o povo não é consultado. Somos tratados como lixo humano", desabafou.

Sucatas em Parelheiros

Entre os protestos de Josanias Castanho Braga, do Movimento Social de Parelheiros, está o serviço de transporte coletivo prestado naquela região. Segundo o orador "sucatas têm sido usadas no transporte dos moradores". Ele afirmou que verdadeiras "latas-velhas" são adquiridas de outras localidades e postas à disposição daquela comunidade. Pediu providências imediatas ao secretário de Transportes e ao presidente da CET, Roberto Scaringella, pois, segundo Castanho, acidentes e mortes continuam a acontecer na Região. O orador defendeu ainda o direito de greve exercido pelos metroviários e criticou a decisão do governo Serra de demitir os que participaram da paralisação.

Acesso à cultura

"É preciso ter coragem para enfrentar as idéias dos outros", afirmou Darcy Rosa dos Reis, que falou em nome das Comunidades Carentes Diversas. Segundo ela, fabricar uma doença e prescrever remédios destrutivos é fácil: "Os psiquiatras são marionetes dos governantes", afirmou a oradora. Ela também pediu mais facilidade para as comunidades carentes terem acesso à cultura. "A TV por assinatura é muito cara", concluiu.

Providências tardias

José Leonilson de Queiroz Almeida, do Movimento Social de Marsilac e Parelheiros, denuncia que as matas daquela região estão sendo destruídas para loteamentos clandestinos e que somente após a venda dos terrenos e posterior construção das casas é que os governantes tomam as providências devidas. Ora, segundo Leonilson, aí já seria tarde demais, pois, além de já ter havido o desmatamento, as pessoas já gastaram suas economias na compra do imóvel. Outra crítica dele é que, após tratativas com a Polícia Militar, a comunidade conseguiu disponibilizar um imóvel para a implantação de um batalhão da PM, mas após todo o esforço, a polícia preferiu outro local.

Direitos iguais

Comemorando a vitória do Estado Democrático de Direito, Maria Lima de Matos, do Movimento de Mulheres em Defesa da Vida, enalteceu o procurador-geral de Justiça pelo fato de ele ter requisitado instauração de inquérito para investigar supostas irregularidades no policiamento do Guarujá. Segundo ela, o chefe do Ministério Público quer saber por que tem viatura policial em frente à casa do empresário Silvio Santos, mas não tem nas favelas daquela cidade. Segundo Lima Matos, 90% dos homicídios do Guarujá ocorrem nas favelas.

Falta ônibus

Merice Andrade de Quadros, da ONG Embu Guaçu em Ação, criticou a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) pelos péssimos serviços prestados à população de Embu Guaçu. Segundo a oradora, além do pequeno número de ônibus que faz o trajeto até a capital paulista, é comum que pessoas sejam transportadas nas portas dos coletivos.

Inquilino da vergonha

O representante do Movimento Brasileiro Contra a Indústria da Doença, Luiz Silveira, classificou como vergonhosa a ocupação do antigo prédio do Hilton Hotel, no centro de São Paulo, pelo Poder Judiciário. "Serão gastos R$ 680 mil por mês de aluguel para abrigar 140 desembargadores no prédio do antigo hotel. A justiça deveria se preocupar em dar agilidade aos processos e parar de esbanjar dinheiro público", afirmou.

Casa do Educador

A instalação da Casa do Educador em Taboão da Serra foi criticada pela Promotora Legal Popular, Vilma de Godoy Rodrigues. Segundo a oradora, a prefeitura está gastando perto de R$ 5 mil com o aluguel do espaço destinado a professores, diretores e supervisores de ensino. "É um gasto desnecessário", afirmou.