Superlotação na delegacia-sede de Guarujá


22/11/2004 16:41

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Da assessoria da deputada Maria Lúcia Prandi

De acordo com informações recebidas pela deputada Maria Lúcia Prandi (PT), a cadeia pública anexa à delegacia-sede de Guarujá, com capacidade para abrigar cem presos, tem sob sua guarda 400 pessoas. A deputada cobra ações efetivas do governo estadual para por fim à esta situação.

"Não é possível que isto continue. Há uma contagem regressiva para que o problema se agrave ainda mais com a chegada da temporada, quando o número de detentos normalmente cresce. Dessa forma, pode haver um comprometimento da segurança da comunidade", enfatizou a deputada Prandi, em ofício encaminhado ao secretário de Segurança Pública do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho.

A parlamentar também protocolou requerimento de informações na Assembléia Legislativa, cobrando explicações diretamente do governador Geraldo Alckmin. Conforme notícias divulgadas pela imprensa, o chefe do Poder Executivo articula a transferência de presos do litoral norte para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Praia Grande, enquanto as cadeias de municípios da Baixada Santista enfrentam sérios problemas. "São os casos de Guarujá e Peruíbe, por exemplo", cita a deputada Prandi.

Nos documentos encaminhados ao governo estadual, a parlamentar também ressalta as péssimas condições da cadeia de Guarujá. "O ambulatório médico, por exemplo, não funciona. Ao defender melhores condições para estes presidiários, defendo toda a sociedade; porque todos estes problemas podem gerar revolta e até fugas", enfatiza a parlamentar, lembrando que a desativação da cadeia do 1º Distrito Policial de Vicente de Carvalho também contribui para a superlotação.

"Este xadrez não poderia pelo menos abrigar os presos de menor potencial ofensivo, como os encarcerados por não pagamento de pensão alimentícia?", questiona a deputada. A parlamentar aproveitou a oportunidade também para fazer um alerta: "O muro de uma casa vizinha à delegacia está com escoras para não cair, porque o solo em torno está solapado. Já houve alguma vistoria técnica para verificar se a muralha da cadeia também corre risco?", indagou Prandi.

mlprandi@al.sp.gov.br

alesp