Próximo de uma raiz fantástico-surrealista, as figuras de Mário Gruber estão reveladas no limite do grotesco

Emanuel von Lauenstein Massarani
01/09/2004 14:00

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Epígono 027/72<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/obramg2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Epígono 026/72 <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/obramg.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Servindo-se de todas as sugestões de uma experiência concreta, imune a virtuosíssimos e complacências, Mário Gruber se qualificou desde sempre como um colorista de classe, mas que não deixa à exclusiva validade da cor a missão de traduzir uma emoção visual.

Ao consagrado pintor interessa conduzir o meio interpretativo até a rendição plena, quase dramática. Nenhuma evocação é influenciada pelo cálculo, a alma é rica e vibrante. Não se explica de outra maneira a pureza sutilmente elegíaca de certas obras imersas numa extraordinária atmosfera, onde a figura está relevada no limite do grotesco, ou melhor, da caricatura humana.

Assim, mesmo quando a entoação burlesca parece aflorar através da originalidade de uma linguagem ritual, em cuja definição a sátira cede o lugar a uma tocante e patética compreensão, o que mais importa em termos pictóricos é a decantação estilística do tema. A solidão do homem, os seus tormentos existenciais não são vistos como narrações amadurecidas no isolamento, mas inseridas em

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