A pintura de Liliana Vinci é uma denúncia sem remissão contra a sociedade de consumo, que reduz a mercadorias não só os sentimentos e as coisas simples, mas os homens e os seres vivos.Suas composições espaciais formam pontos de luz além de um tremor de emoções e uma pulsação de vida como se fossem embriões de mundos em formação, dos quais não podemos prever o misterioso fim.Sempre na busca do seu "eu", Liliana Vinci alcança o informal, não surpreendendo, portanto, tenha chegado a um abstracionismo muitas vezes geométrico envolvido de uma carga de lirismo. Sinal de uma diversidade de estímulos e de um imediatismo descontrolado, suas obras se constroem ao redor de formas emblemáticas e de símbolos extremamente livres em sua estrutura. Eles representam a sincera simplicidade da artista além de sua vontade expressiva e comunicativa.Resultado de uma conscientização critica da realidade de cada dia, a obra Sem Título, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, em vez de reduzir, evoca uma sobreposição de significados simbólicos, com uma carga de complexidade inconsciente.A artistaLiliana Vinci nasceu na Sicília (Itália). Após concluir seus estudos artísticos no Instituto de Arte de Palermo, transferiu-se para Latina, onde ensinou educação artística no ginásio local.Dedicou-se à arte em toda a sua vida. Entre os anos de 1997 e 2002 foi vice-presidente do Clube dos Artistas de Latina. Após participar de vários concursos nacionais de pintura, feiras de arte, bienais e mostras na Itália e no exterior, conquistou em 1983 um prêmio na Bienal da Crítica Internacional e em 1988 o segundo prêmio do IV Concurso Nacional de Arte de Latina.Esteve presente em inúmeras exposições individuais e coletivas, destacando-se entre elas: Palácio dos Congressos de Estrasburgo, França (1980); Festival de Spoleto (1995); Arte Expo Roma (1997); Espaço Cultural da Livraria Remo Croce, Roma (1998); Europ'Art, Genebra (1999); Claustro da Catedral de S. Gemignano, Itália; Feira de Arte de Padova, Itália (1999); Torre del Belriguardo, Boghiera (2000); Espaço Cultural do Hotel Ramada, Jardins Naxos, Taormina ; Feira Internacional de Reggio Calabria (2002) ; Rossano Calabro, Itália; Nice, France e Feira Internacional de Reggio Emilia (2003); II Mostra Internacional "OltreFrontiera" , no Palazzo Caetani, Cisterna di Latina ; Mostra de arte "Gemellaggio Itália-Brasil", Galeria Spazio Surreale, São Paulo (Brasil); MercArt-04, Feira Internacional de Lugano, Suiça; 41ª Mostra Nacional de Santhià, Itália, e IV Mostra e Bienal de Arte Visual, Santa Maria de Sala, Veneza (2004). Selecionada para o livro "Itália-Brasil, Arte 2005", editado pela Galeria Spazio Surreale e pelo Instituto de Recuperação do Patrimônio Histórico de São Paulo, possui obras em diversas coleções particulares e oficiais na Europa e América Latina. E, no Brasil, no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.