Os sonhos e os fantasmas de Dhi Ferreira expressos de forma impressionista e surrealista

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
25/11/2005 16:07

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Dhi, pseudônimo artístico de Edemilson Antonio Ferreira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/DHIPB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> "Fuga"<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/DHI Ferreira.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Instintivo e autodidata, Dhi Ferreira, conseguiu, através da pintura, dar uma definição aos seus sonhos e a seus fantasmas sentindo e escolhendo motivos insólitos, embora significativos. O artista pinta obras ligadas a um tipo de figuração que está entre o espontâneo e o encantamento.

Trata-se de um pintor que alcançou um seu estilo pessoal, movendo-se em experiências anteriores, de um gosto impressionista e concluindo com um superar da visão direta do real num clima construtivo, quase de caráter surrealista.

Suas pinturas mais recentes conservam cromática e graficamente o sentido das coisas reais, mas se paginam segundo uma visão alusiva a pressentimentos ou na falta de luta na ansiedade da vida. Muitas vezes surgem em suas telas imagens e figuras que parecem se opor, com sua presença humana, ao destino destrutivo que investe as coisas e a paisagem.

Dhi Ferreira apresenta-nos uma pintura que não se preocupa na execução minuciosa e documentada, mas que sabe inserir a natureza num conjunto e com expressão, não somente no seu instinto pictórico. Sua obra poderia ser definida impressionista e surrealista quando as duas expressões são evidentes e se harmonizam entre si.

O artista pinta o que sente, buscando a inspiração de uma contínua pesquisa interior, para exprimir a própria angústia frente ao mundo de hoje.

Em suas telas, por exemplo "Fuga", obra doada ao acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, encontramos impressa sua história humano-artística e a exigência de expressar o seu mundo interior, suas emoções e seus sonhos.

O Artista

Dhi, pseudônimo artístico de Edemilson Antonio Ferreira, nasceu em Curitiba, Paraná, em 1966. Autodidata, atua na área de criação de artes gráficas desde 1981, tendo trabalhado em empresas de grande porte no Brasil e na Itália. Paralelamente às artes plásticas, realizou trabalhos de cenografia para teatro e direção de arte para cinema. Freqüentou o atelier de mosaico do escultor e pintor Ângelo Scheeps, Rio de Janeiro (1986).

Sua primeira exposição foi no 44º Salão Paraense (1987); Curitiba Arte 5 e 2º Salão Nacional de Arte Sacra (1989) e "Sensualidade e Submissão" (1991).

Em 1991 mudou-se para Itália, onde fixou residência em Roma. Atualmente, além das artes plásticas, desenvolve no Brasil e na Europa atividades de restauro. Em Curitiba, coordenou e executou em 2002 a restauração de pintura mural do artista Ricardo Koch (1929), em 11 salas no Palácio São Francisco, atual Museu Paranaense.

Participou de exposições individuais no Acaiaca Espaçoarte Galeria, Curitiba, PR (1991, 2000 e 2001); Prefeitura de Bracciano, Roma, Itália (1993); Prefeitura de Trevignano Romano, Roma, Itália (1994); Prefeitura de Anguillara, Roma, Itália (1995); Atrium Trevinotte Arte, Roma, Itália (1998) e esteve presente nas seguintes mostras coletivas: SESC, Curitiba, PR (1989); Prefeitura de Bracciano, Roma, Itália (1992); Center Design Exposition, Amsterdam, Holanda (1997); Atrium Trevinotte Arte, Roma Itália (1998); Galeria Gesu Maria, Roma Itália (1999); Espaço Cultural do Tribunal de Contas, Curitiba, PR (2000) e Espaço Cultural Miguel Reale, Itaipu Binacional, Curitiba, PR (2004).

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