Yvan Moscatelli e sua formalização informal

EMANUEL VON LAUENSTEIN MASSARANI
27/09/2002 14:31

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Como conseqüência de um assíduo labor, Yvan Moscatelli, de quem doamos ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa uma gravura intitulada "Geometria", chegou a um estilo especificamente gestual e a uma estética muita vezes completada por inúmeras presenças abstratas.

Entretanto, evocando o informal, o artista usa o pretexto para formalizar um determinismo pictórico impregnado de ímpetos conjugados, de encantos marcados de musicalidade, cuja orientação inscreve as disposições e as ordenanças plásticas nas esferas transparentes e rarefeitas dos espaços não impostos.

Muitas vezes as concepções temáticas do artista italiano abrem-se sobre horizontes tumultuosos. Do centro da crise intelectual da arte, suas experiências o conduziram progressivamente a um ponto onde se entrelaçam questões existenciais de nossos dias.

Integrando uma corrente artística que insere a geometria estruturada em suas obras, Moscatelli personifica - como acentua o crítico Alberto Sartoris - uma ação ideal onde os sentimentos se exercem sob a influência de uma projeção inventiva do cotidiano.

Utilizando uma técnica e fórmulas que lhe são próprias, a arte de Moscatelli anima de maneira decisiva composições arrebatadoras, sejam desenhadas, gravadas ou pintadas. Alimentado pela paixão, o artista aborda sua história plástica, com vivacidade, imparcialidade e objetividade.

O artista

Yvan Moscatelli nasceu em Borgosesia, Itália, em 1944. Passou a residir na Suíça a partir de 1959, onde viveu e trabalhou em Colombier, no Cantão de Neuchâtel.

Em 1964, iniciou-se como autodidata em pintura e desenho realizando, em 1968, sua primeira exposição individual, após uma viagem à Espanha e ao Marrocos. Em 1969, trocou a pintura figurativa pela pintura abstrata e, em 1971, fez longa viagem ao sul da Itália e a Sícilia.

Durante os anos de 1975 e 1976, permaneceu nas Antilhas e, nesse mesmo ano, realizou suas primeiras tentativas no campo da gravura no Atelier Roger Arm. Em 1977, realizou uma fonte escultural para uma nova praça de Neuchâtel, após o que viajou pelo Brasil, Bolívia e Peru.

Além de várias cidades suíças, Moscatelli expôs em Paris (França), em Hagën (Alemanha), no Museu João Batista Conti, em Atibaia, no Museu de Arte de São Paulo, na Galeria Kuwalsky, em Lyon (França). Detentor de inúmeros prêmios na Bienal de La Chaux-de-Fonds e no III Concurso Nacional Italiano de Pintura Contemporânea, participou ainda de inúmeros salões de arte europeus.

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