O deputado Fausto Figueira e a vereadora Márcia Rosa, ambos do PT, foram ao Bolsão 7, em Cubatão, na segunda-feira, 16/5, onde conversaram com moradores que reivindicam o título de posse para a permanência em suas casas. Estes alegam que a maioria das 115 famílias tem autorização para ocupação dos lotes e certificado de aquisição da área, entregues há 13 anos pelo então prefeito Nei Serra, dentro do Projeto de Moradias em Caráter Emergencial.

Os documentos que receberam do então prefeito, no entanto, aparentemente não têm valor legal. Eles querem ajuda para evitar sua transferência para os cerca de 200 apartamentos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado (CDHU), já em fase final de construção no local.

"Vamos estudar o caso no ponto de vista jurídico, para depois conversar com a Promotoria Pública, o prefeito Clermont Castor e a CDHU. Precisamos organizar essa luta", disse Figueira.

Segundo a moradora Vanessa Victor Sales, a área não foi invadida, tem rede de luz, água e telefone. "Muitos moradores, com suas famílias triplicadas, não terão condições de viver nos pequenos apartamentos", comentou.

O maior temor de Raimundo Bezerra da Silva e de muitos outros é não ter dinheiro para pagar as prestações da CDHU e ficar sem moradia. "Não tenho condições de me enforcar e depois de seis meses abandonar o prédio", disse.

Márcia Rosa defendeu a realização de uma audiência pública para debater o caso. "Vamos avaliar se houve má-fé da prefeitura. E mesmo que não haja saídas jurídicas debateremos, em último caso, os planos e formas de pagamento da CDHU", afirmou.

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