Uma equipe multidisciplinar, formada por médicos, professores, engenheiros agrônomos, nutricionistas e químicos, coordenada pelo deputado Simão Pedro (PT), reuniu-se na manhã desta terça-feira, 28/3, na Assembléia Legislativa para discutir e elaborar propostas na regulamentação da Lei 12.283/06, que institui a Política de Combate à Obesidade e Sobrepeso.Autor da lei aprovada recentemente pela Assembléia, Simão Pedro entende que a falta de informações é o maior problema pela má alimentação no Brasil. O deputado, citando dados do Ministério da Saúde, afirmou que há cerca de 450 mil obesos no Estado. Segundo ele, apenas 10% da população é obesa por razões genéticas, os demais têm sobrepeso em razão de alimentação inadequada.Simão Pedro também informou que estudos comprovam que a população urbana, notadamente os mais jovens, é mais obesa do que a população urbana. Segundo ele, a violência urbana faz com que as crianças fiquem mais dentro de casa, "brincando no computador, assistindo a filmes", afirma, para concluir que as pessoas do meio rural têm uma vida menos sedentária. Ainda segundo Simão Pedro, a proporção também é maior entre as mulheres.O deputado ressaltou que a Assembléia assinou um convênio com a Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) para promover uma política de incentivo à nutrição adequada no Estado. Luiz Roberto Queroz, representante da Abran e presidente do departamento de Nutrologia da Associação Paulista de Medicina, afirmou que se gasta muito mais na "desnutrição" do que para se nutrir alguém.Queroz disse que a Holanda concede incentivos fiscais para certos alimentos, considerados mais saudáveis. Para ele, esse exemplo poderia ser seguido pelo Estado de São Paulo.Entre as propostas discutidas pelo grupo de trabalho, está a realização de um seminário sobre esse tema na Assembléia Legislativa, em abril.