Cecília Moraes: um clima encantado e de longínquas memórias

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
23/03/2006 16:31

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Cecília Moraes<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/foto-cecilia-moraes.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra "Homenagem a Manet", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/obra cecilia.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O estilo de Cecília Moraes é eclético e versátil, como ecléticas e versáteis são o sonho, a fantasia, a própria realidade no seu desenrolar. A artista encontra na sua íntima coerência uma genuína fé em si própria.

Com uma interessante linguagem pessoal que rejeita o antigo conceito de beleza, sua narrativa possui uma inexaurível força criativa e uma elegância suficientemente dosada.

Cecília Moraes retira e capta das estruturas lingüísticas e na vibração do discurso artístico uma realidade subjetiva.

Com uma linguagem complexa e preciosa, articulada com elementos abstratos e cores refinadas, sabe estabelecer uma relação poética imediata e viva com o observador.

Abraçando soluções que tornam seus quadros bem estruturados e pictóricos, a artista apresenta motivos abstratos e semifigurativos. Ela ressuscita nessa atmosfera imagens e acontecimentos que preenchem de luzes e de sonhos as festas de nossa infância perdida.

Na obra "Homenagem a Manet", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o sentido da composição está ligado aos ritmos, aos espaços e à forma dos detalhes sobre os quais palpitam os valores de luz e de cor e onde aparecem os componentes da pintura dominando o espírito poético que emana dos famosos jardins do grande mestre francês.

A artista

Cecília Moraes nasceu em São Paulo, em 1959, onde fez seus estudos de artes plásticas e produção gráfica, área em que teve várias experiências profissionais. Em 1989, transferiu-se para a França, onde reside atualmente, se aprofundando no estudo e na prática de técnicas artísticas, na decoração (trompe l'oeil, afrescos etc"). Dedica-se ainda ao ensino e à animação de atelieres de artes plásticas.

No que toca à sua expressão pictórica, compõe um universo próprio, feito de imagens e símbolos recorrentes, mais ou menos estruturado, entre o figurativo e o abstrato. Sua pintura reflete uma escritura densa, cheia de ritmo e de espiritualidade.

Participou de inúmeras exposições coletivas na França, entre as quais: Salon L'Hayssien des Arts, L'Hay Les Roses; L'Avara, Fresnes; Brésil, Terre des Contrastes, Fontenay-aux-Roses; Leilões de Arte Contemporânea, Richelieu Drouot, Paris; Marche d'Art Contemporain, Bastille, Paris; Atelier St Fargeau, Paris; Espace Gonzales Arcueil.

Realizou as seguintes exposições individuais: Galerie Cailloux Vert; Espace Culturel Dispan, L'Hay Les Roses; Folie en Tete, Paris; Animatheque de Sceux.

alesp