CPI da Eletropaulo ouve ex-diretora do BNDES


06/12/2007 17:56

Compartilhar:

 Deputado Antonio Mentor <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/ELETROPAULO ENGLER 18 Mauri.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputado João Caramez <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/ELETROPAULO CARAMEZ 41 Mauri.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Elena Landau, ex-diretora do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/ELETROPAULO Elena Landau (2) Mauri.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A CPI da Eletropaulo ouviu nesta quinta-feira, 6/12, a ex-diretora do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Elena Landau. Depois de sair do BNDES, Elena também prestou serviços à Eletropaulo, realizando consultoria para a renovação tarifária. Prestou também consultoria para o banco Opportunity, que participou de vários consórcios para a aquisição de empresas em processo de privatização.

Ela firmou que, no caso de privatização, é difícil haver informações privilegiadas no final do processo, devido à própria forma que os grupos de análise trabalham. Também considerou que as privatizações foram um sucesso.

O que aconteceu no setor elétrico, especialmente com a Eletropaulo, segundo ela, foram dificuldades de gerenciamento da dívida face às mudanças cambiais, prejudicando o pagamento de parcelas do financiamento, feito em dólares. Esta justificativa coube também para a expressão "carteira de esqueletos", relacionada por Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES, a resíduos de operações de caráter duvidoso efetuadas pelo banco.

Reenquadramento da dívida

O pedido de reenquadramento da dívida é normal, mas Elena, como não estava mais no BNDES na ocasião, não pode explicar seus motivos. Antes mesmo de ser paga a primeira parcela da dívida, houve um pedido de empréstimo para a Eletropaulo que foi liberado em apenas um dia, e não nos quinze dias mínimos de prazo para análises. Elena negou ter trabalhado conjuntamente com José Pio Borges, eximindo-se assim do conhecimento da operação que validou esse crédito.

Sob o ponto de vista de operação financeira, Elena afirmou que a concessão do empréstimo foi um bom negócio para o BNDES, "porque é normal conceder empréstimo para empresas recém-constituídas".

Apesar de suas dificuldades econômicas, a Eletropaulo envia os dividendos para a matriz AES e isso, afirmou a consultora, compõe a remuneração do investimento de forma contratual, dentro da mais estreita legalidade.

Antes da oitiva foram apreciados requerimentos de convocação para José Monforte, ex-presidente do BNDES, de Simone Maria Leite Ferreira, promotora da Justiça Federal, e de Wilson Pinto Ferreira Júnior, ex-diretor de distribuição da Companhia Energética de São Paulo (CESP). Todos os requerimentos foram aprovados para que os depoimentos subsidiem os trabalhos na elucidação de possíveis irregularidades havidas no leilão de privatização da Eletropaulo. A reunião foi presidida por Antonio Mentor (PT) e contou com a presença dos membros Jonas Donizette (PSB), Aldo Demarchi (DEM), João Caramez e Fernando Capez (ambos do PSDB), e Edson Giriboni (PV).

alesp