Inclinado a colher os registros da alma, Antônio Malveira elabora paisagens e casarios

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
11/08/2006 15:45

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Por mais que Antônio Malveira busque diversificar seus temas e estilos, a paisagem constitui o forte desse pintor. Suas experiências artísticas e técnicas traduzem um temperamento mais inclinado a colher os registros da alma do que a solicitar soluções estéticas.

As paisagens e casarios que o artista elabora com um cromatismo suave e diversificado produzem inesperadas sensações de participação e de vibração. Os contornos ressaltados por um delicado traço persuasivo, uma solidez formal que dá suporte ao discurso lírico, definem a plenitude da composição.

Suas criações possuem a serenidade que todos buscamos, especialmente nos ângulos dos casarios, com uma linguagem velada, homogênea nos tons, que nasce sem dúvida de uma timidez latente.

A simplicidade de seu desenho e de suas composições não é feita de ingenuidade, mas revela-nos uma pintura alimentada de intenções e austero lirismo. Nada se perde de sua felicidade poética e de sua sinceridade.

Sua obra "Casarios", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, traduz cromaticamente suas sensações. A escolha do casario, sua disposição, a livre interpretação das cores, permitem construir uma composição que, mesmo confirmando um profundo sentido de solidão, transmite uma sensação profunda de paz interior.

O artista

Antônio Malveira, pseudônimo artístico de Antônio de Jesus Malveira, nasceu em Coração de Jesus, Minas Gerais, em 1947. Alfaiate de profissão desde o início do novo milênio, passou a interessar-se então pelas artes plásticas.

Teve suas primeiras aulas de técnica em pintura com o professor Lino Junkes, em Belo Horizonte, tendo participado ainda de cursos de pintura em três módulos no curso de extensão da Faculdade de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Orientado e incentivado pelos professores Alan Fontes e Daniela Costa, da UFMG, realizou sua primeira exposição de arte no Espaço Cultural do Sesc (Serviço Social do Comércio) de Belo Horizonte.

O reconhecimento de seu talento como alfaiate e modelista culminou no convite para ministrar aulas no curso de Estilismo da Faculdade de Belas Artes, da UFMG.

Possui obras em coleções particulares em São Paulo e Minas Gerais e no Acervo do Museu de Arte do Parlamento do Estado de São Paulo.

alesp