Eraldo Ferraz harmoniza uma experimentação abstrata num ciclo metafísico

Emanuel von Lauenstein Massarani
04/08/2003 14:12

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Obra  Pedrazul <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Meteoros em Pedrazul.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Eraldo Ferraz<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/eraldo ferraz2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Eraldo Ferraz, na busca de sensações todas terrestres, passou a um reconhecimento de palpitações e explosões além do itinerário daquelas "forças", finalmente reconhecidas e admiradas de "per si". Com a finalidade de poder representar outros mundos, mudou até mesmo o seu método de criar: passou do abstrato concreto ao informal traço espacial.

Desejando alcançar um certo lirismo, repleto de intensa pureza, sua obra possui uma estrutura extremamente simples pois o organismo estético está privo de tecidos conectivos.

Através de uma tensão de ritmos, ele impregna todo o convencional, produz uma convincente narração interior, mas fora de qualquer categoria intelectual.

Nos seus quadros, realizados com firmes pinceladas, a síntese da composição é calculada através das cores, uma vez que o conceito de base do artista opera numa direção oposta ao racionalismo.

O informalismo conceitual de seus pensamentos pictóricos constitui uma relação de modernos esquemas e aplicações ideológicas. Suas obras representam elementos espaciais que se relacionam entre si, onde o equilíbrio compositivo de formas geométricas e de agradável estética cromática é preponderante.

Na obra " Pedrazul ", doada ao Acervo Artístico do Palácio 9 de Julho, prevalece a harmonia de uma experimentação abstrata num ciclo metafísico de poética continuidade.

O Artista

Eraldo Ferraz nasceu em Vitória da Conquista, Bahia, no ano de 1951. Na década de 50 transferiu-se para São Paulo juntamente com sua família, onde permanece radicado até a presente data. Na década de 70, estudou projetos de arquitetura na Escola Nacional de Desenho. Como autodidata iniciou-se nas artes plásticas com trabalhos primitivos optando posteriormente por obras abstratas.

È membro da Associação dos Artistas Plásticos de São Paulo, tendo ocupado o cargo de Diretor da entidade na Gestão 1997-2001. De 1971 a 1997 participou de exposições na Feira de Artes na Praça da República seguindo-se: I Mostra Coletiva de Arte Jovem no Teatro Anchieta, (1971); Teatro de Arena (1972); Galeria Sesc, de Santos (1974); Espaço Cultural da Caixa Econômica Federal, (1994); Espaço Cultural Shopping Center Iguatemi (1996); I Mostra de Artes de Pirituba e I Festival de Cultura do Trabalhador, Parque da Água Branca (1997); Espaço Tiradentes, SP (1998); Galeria República das Artes, SP (1999); e IV Mostra de Artes de Pirituba (2000).

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