Seminário discute mercado de trabalho e educação para afrodescendentes


09/09/2004 21:06

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Seminário Herança e Cultura do Povo Africano no Brasil<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/afromes1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

"Várias gerações construíram uma legislação excludente e para mudar essa mentalidade precisamos de outros instrumentos, como as políticas afirmativas", falou a advogada Maria da Penha Santos Lopes Guimarães, durante o seminário Herança e Cultura do Povo Africano no Brasil, ocorrido na manhã desta quinta-feira, 9/9, na Assembléia paulista e promovido pela Frente Parlamentar pela Igualdade Racial.

Depois de fazer um relato sobre a situação de trabalho dos negros vindos da África para o Brasil, Penha concluiu que "os trabalhadores negros sempre lutaram por melhores condições, juntamente com os brancos, mas eles não foram beneficiados". E conclamou: "É hora de unirmos forças para mudar essa situação de exclusão".

"As conquistas da educação e da saúde públicas, hoje rechaçadas por vários segmentos da população, são o único tipo de atendimento a que os negros têm acesso", refletiu a representante da Coordenadoria Especial da Mulher da Prefeitura de São Paulo, Tatau Godinho.

O sistema de cotas reservadas aos negros nas universidades foi outro item discutido. Todos o julgam necessário, mas precisa ser reavaliado, já que 47% da população total do país é da raça negra. "Precisamos ampliar os espaços de universidades públicas no Brasil e abrir as portas para a população discriminada, que não tem acesso ao ensino público superior", conclamou Tatau.

O encontro continua no período da tarde, quando serão discutidos temas como Gênero e saúde e Igualdade racial e combate a todas as formas de discriminação.

alesp