Atletas do Pan participam de programa da TV Assembléia


18/08/2003 21:03

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Atletas têm expectativa de que desempenho brasileiro seja ainda melhor no próximo Pan, em 2007<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/espgeral2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> O judoca Henrique Guimarães, medalha de bronze, ressalta que é preciso mais incentivos ao esporte amador<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/esphenri.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Fábio Vanini integra equipe de handebol, medalha de ouro em Santo Domingo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/espvani.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

DA REDAÇÃO

Atletas brasileiros que participaram dos Jogos Panamericanos, realizados em Santo Domingo, capital da República Dominicana, na última quinzena, estiveram presentes à gravação do programa Tribuna do Esporte da TV Assembléia, nesta segunda-feira, 18/8.

A delegação recém-chegada obteve a melhor premiação brasileira em jogos panamericanos, com 28 medalhas de ouro, 40 de prata e 54 de bronze, totalizando 122.

Os representantes do atletismo, modalidade que conquistou quatro medalhas de ouro, seis de prata e cinco de bronze, recebem patrocínio, principalmente, da Prefeitura de São Caetano e das empresas BM&F e Mizuno. Cláudio Roberto, Jarbas Mascarenhas e Maria Laura Almirão treinam no Complexo Constâncio Vaz Guimarães (Ibirapuera) e moram em São Paulo, mas Laura é a única paulista. Cláudio nasceu no Piauí e Jarbas no Rio de Janeiro. Os dois conquistaram a medalha de prata no revezamento 4 x 100m e Laura, o bronze no revezamento 4 x 400m, o que deu à equipe, em sua primeira participação em um Pan, o recorde sul-americano.

Judocas e o ouro do handebol

Henrique Guimarães, medalha de bronze, integra a equipe de judô, esporte que também conta com incentivo da Prefeitura de São Caetano e da Coca-Cola (recentemente por meio do Comitê Brasileiro de Judô). Guimarães já esteve em duas olimpíadas e essa é sua segunda participação nos Jogos Panamericanos. Ele contou que treina desde os cinco anos de idade, e afirmou que não se saiu muito bem na luta em que ganhou o bronze. "Competições têm horário preciso e se o atleta não está bem naquele exato instante desperdiça anos de treino", lamentou Guimarães.

Segundo o judoca, o investimento feito pelo Comitê Olímpico Brasileiro é pouco comparado a países como o Canadá. "Muitos atletas no Brasil precisam ter um emprego remunerado para sobreviver e não conseguem tempo para treinar. Isso mostra que o atleta não consegue ser, portanto, profissional do esporte."

Cristina Sebastião e Marli Midori também estiveram na gravação. Cristina já esteve em vários campeonatos fora do Brasil e Midori estreou neste Pan. Os judocas treinam em São Caetano.

Fábio Vanini mostrava com entusiasmo sua medalha de ouro conquistada no handebol, modalidade de equipe que ficou com a prata na edição anterior do Pan, em Winnipeg. Vanini treina no Esporte Clube Pinheiros e o time conta com o patrocínio da Petrobrás. "O handebol masculino deu um grande passo neste Panamericano, uma vez que esta medalha nos garantiu automaticamente a vaga para a próxima olimpíada. Até então o país conseguiu participações olímpicas em decorrência da desistência de outras nações." Para Vanini, os esportes amadores deveriam ser mais difundidos em todo o Brasil.

Esgrima e saltos ornamentais: de olho no próximo Pan

Apesar de não ter alcançado medalhas em Santo Domingo, o treinador de esgrima, Eduardo Gomes, aposta na premiação de sua equipe para a próxima edição dos Jogos Panamericanos, em 2007, no Rio de Janeiro. "Esta foi a mais jovem equipe que o Brasil já enviou para um Pan, uma vez que a média de idade não ultrapassa 20 anos. Daqui a quatro anos, eles vão estar prontos para conquistar medalhas."

Taís Rochel começou na prática do esporte aos sete anos, quando tinha que assistir aos treinos de seu irmão. "Ele parou para se dedicar à faculdade e eu segui em frente na esgrima." Taís treina do Esporte Clube Pinheiros e conta, como ela definiu, com o "paitrocínio".

Renzo Agresta, do Clube Atlético Paulistano, também tem por apoio financeiro apenas a família. Foi a estréia de Agresta em Jogos Panamericanos, que já foi campeão sul-americano de esgrima, esporte que adotou por influência de um amigo.

Cassius Duran, medalha de prata em salto ornamental, destacou que esse esporte já é visto de forma diferente do que há cinco anos. "Quando eu falava em salto ornamental as pessoas perguntavam se era aquele que se pratica com varas, confundiam com o salto em altura."

Integrante da equipe responsável pela primeira medalha do Brasil para salto ornamental em jogos panamericanos, Duran afirmou que se "os atletas tivessem mais tranqüilidade para treinar e, também, mais investimentos, o desempenho brasileiro em modalidades olímpicas seria muito melhor". Ele acredita que no próximo Pan o desempenho dos brasileiros em saltos ornamentais terá ainda mais destaque do que em Santo Domingo.

Duran conta com o apoio do Instituto Vita, que lhe cede tratamentos médicos, e do Instituto Berlitz, que lhe deu bolsa de estudos para um curso de inglês.

Também compareceram ao programa os atletas Carlos Honorato, Chicão Camilo (ambos do judô), Elisângela Adriano (arremesso de peso) e Jesse Farias (salto em altura).

Entre os convidados do programa, estiveram o secretário estadual de Esportes, Turismo, Lazer e Juventude, Lars Grael, o presidente da Comissão de Esportes e Turismo, Marquinho Tortorello (PPS), o deputado estadual Donisete Braga (PT), o treinador Ricardo Prado e o técnico Mário Travaglini.

alesp