A pintura de Elisa Ori: um mundo de figuras abstratas com sopro poético


18/09/2007 09:32

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Revoada<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Revoada.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Elisa Ori<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Elisa Ori.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Flexo ao Universo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Flexo ao Universo.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Elisa Ori sabe sintetizar, mais do que as formas, os próprios conceitos e é assim que as imagens aparentemente desfocadas se carregam de um profundo sopro poético e se tornam expressões de uma primaveril poesia. Basta essa relevância para demonstrar que nos encontramos frente a uma artista autêntica, mas muito particular. Uma criadora de expressões extremamente sutis que exaltam a realidade em sentido lírico na sua etérea consistência.

De suas obras abstratas emergem aves enigmáticas, indefinidas, com longas caudas plumadas. Seu desenho corresponde a suas fantasias e ali projeta suas teorias sobre a transformação dos seres animados e inanimados.

O esquema de suas composições é bastante flexível: segue a variedade de desenvolvimento que o gesto dá às virtuais tensões da cor no espaço. Por detrás do estímulo da transformação imaginativa das coisas, prevalece sempre a feliz escolha dos tons de suas cores e um ritmo formal que se prolonga num sopro de efusivo lirismo.

Sob o plano temático se desenvolvem temas cíclicos sobre os quais, por sua vez, se agregam variantes imprevisíveis, uma diferença que recoloca em jogo o registro sintático de suas proposições espaciais e suas tonalidades emotivas.

Dentro desse mundo de figuras abstratas, até mesmo luminosas, de ritmos universais, se insinua algo que muda o percurso, a constelação normal se interrompe para depois retomar o equilíbrio ideal de sua organização espacial.

Suas obras, Revoada e Flexo ao Universo, doadas Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, traduzem a alegria que os tons claros e fortes acentuam e aos quais a artista voluntariamente se limita.

A artista

Ori, pseudônimo artístico de Elisa Ori, nasceu em 1957, na cidade de Guarulhos. Formou- se em artes plásticas pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo (1980). Participou do curso de desenho e pintura de modelo vivo na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Freqüentou o curso de arte contemporânea no atelier Rodrigues Coelho (1984) e na Oficina de Arte do SESI Paulista (1998).

Participou, entre outras, das seguintes exposições: Clube Alto de Pinheiros (1987); Galeria do SESI Paulista; Salão de Exposição da UCBEU; I Prêmio Brasil Acadêmico de Artes Plásticas, Salão Candido Portinari (1988); 2º Salão de Artes Plásticas de Mogi Mirim (1989);Clube Hípico de Santo Amaro (1990); Casa Tabacow (1991); Chiavari (1992); Espaço Cultural Caixa Econômica Federal, Brigadeiro Faria Lima. (1993) ; 21º Salão Bunkyio de Artes Plásticas; Grande Salão Citröen; "Vanguarda" no Espaço Cultural Érico (1995) ;Espaço Cultural Mario Pedrosa, SP; Grande Salão Citröen, SP (1996); "Cotidiano e Imaginário", Espaço Cultural Leonardo da Vinci, SP; Itinerante no Espaço Cultural Caixa Econômica Federal, Praça da Sé, SP, (2001).

Recebeu inúmeros prêmios, medalhas e possui obras em diversas coleções particulares e nos acervos artísticos da Pinacoteca da Fundação Lucentis de Botucatu e do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp