Crise da USP domina trabalhos da Comissão de Cultura, Ciência e Tecnologia


23/05/2007 18:48

Compartilhar:

Reunião da Comissão de Ciência e Tecnologia<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/COM TECNOLOG MAU_0036.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputada Célia Leão, presidente da comissão <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/COM TECNOLOG LEAO MAU_0042.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A crise que se arrasta há mais de uma semana entre a reitoria, alunos e funcionários da Universidade de São Paulo (USP) dominou, quase que por completo, os trabalhos desta quarta-feira da Comissão de Cultura, Ciência e Tecnologia.

Presidida pela deputada Célia Leão (PSDB), a reunião extraordinária da comissão teve por objetivo estabelecer as datas e horários de suas reuniões ordinárias, bem como sua pauta básica, e discutir, ainda, a crise instalada na USP com a invasão do prédio da reitoria por alunos e funcionários da instituição. Nesse sentido, a deputada Célia Leão relatou reunião havida na sede do Batalhão de Choque da Polícia Militar, na última segunda-feira, 21/5, que contou com a presença de integrantes da OAB, do Ministério Público, da USP e de seu corpo discente, da Comissão de Direitos Humanos do Município de São Paulo, dos oficiais de justiça encarregados da entrega da Ordem Judicial de Reintegração de Posse aos estudantes que ocupavam o edifício da reitoria, e dela, como representante da Comissão de Cultura, Ciência e Tecnologia e, por extensão, da Assembléia Legislativa.

Segundo reportou a deputada Célia, a opinião unânime a que chegaram os participantes da reunião foi no sentido de que se buscasse um desfecho pacífico para o impasse que se arrasta há dias, opinião não manifestada, apenas, pelos oficiais de justiça presentes, que afirmaram ter somente cumprido ordens e desempenhado seu dever no episódio.

Sobre a participação da Assembléia, a presidente da comissão disse ter manifestado a intenção do Legislativo de abrir espaço na Casa e, em especial, nesta comissão, para o estabelecimento de um diálogo com vistas a uma solução pacífica do conflito. A propósito, o deputado Vicente Cândido (PT) manifestou sua preocupação com o impasse e a esperança de que se chegue o mais breve possível a uma solução negociada que não passe pela intervenção do efetivo da Polícia Militar. Informou, ainda, que o PT, por seu membro na comissão deputado Carlinhos Almeida, estava, naquele momento, protocolando requerimento de convocação de uma reunião conjunta das comissões de Ciência e Tecnologia e de Educação para discutir o Decreto do Poder Executivo que altera aspectos do funcionamento e da subordinação da universidade. Tal pleito foi, posteriormente, aprovado pelos membros do órgão técnico.

Sobre o assunto, manifestaram-se, ainda, os deputados Otoniel Lima (PR) e Carlinhos Almeida, este informando que o requerimento que acabava de protocolar estava sendo examinado também pela Comissão de Educação.

Após convocar os membros do colegiado para uma reunião hoje, 24/5, às 11h, na Reitoria da Universidade de São Paulo, com a finalidade de debater a crise com membros da instituição e de seu corpo discente, a presidente Célia Leão marcou, após ouvir os demais deputados da comissão, para as quartas-feiras, às 10 horas, as reuniões ordinárias do órgão no primeiro semestre, ficando para um momento oportuno o estabelecimento da data e horário de seu funcionamento no próximo semestre deste ano.

Participaram da reunião, além da presidente Célia Leão, os deputados Carlinhos Almeida, Vicente Cândido e Rui Falcão, pelo PT, Otoniel Lima, pelo PR e Lelis Trajano, pelo PSC.

alesp