CPI da Eletropaulo ouve engenheiros sobre reavaliação da empresa


29/04/2008 19:51

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Reunião da CPI da Eletropaulo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2008/CPI ELETROPAULO MESA mmy (2).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> A CPI é constituída com a finalidade de investigar possíveis irregularidades no processo de venda do controle acionário da Eletropaulo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2008/CPI ELETROPAULO GERAL mmy (1).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Os membros da CPI da Eletropaulo, constituída com a finalidade de investigar possíveis irregularidades no processo de venda do controle acionário da empresa, reuniram-se nesta terça-feira, 29/4, no Plenário D. Pedro I, para ouvir João Batista Serroni de Oliva e Álvaro Martins, respectivamente o coordenador e o relator do grupo de trabalho para reavaliação patrimonial da Eletropaulo. Os engenheiros foram encarregados de entregar ao Judiciário relatório dos bens patrimoniais da empresa na época de sua privatização.

O presidente da comissão, Antonio Mentor (PT), tendo em vista os depoimentos ouvidos declarou ao final da reunião que encaminhará à CPI dois requerimentos para deliberação: um que solicita que a Eletropaulo informe quanto do seu patrimônio não-operacional já foi alienado, e por quais critérios; outro solicitando uma auditoria nos balanços da empresas. "O processo de privatização da companhia foi levado a cabo por meio da metodologia adotada para todas as privatizações incluídas no Programa Estadual de Privatização. O método de avaliação não retrata o valor patrimonial em função das instalações e outros bens da empresa. Até que ponto o laudo inicial foi elaborado por profissionais habilitados para desenvolvê-lo eu não sei dizer. Por outro lado, o relatório que estamos elaborando ainda não é conclusivo em relação ao valor patrimonial da Eletropaulo", afirmou João Batista Serroni de Oliva.



Cifras estratosféricas



Álvaro Martins citou as dificuldades para se avaliar o patrimônio da Eletropaulo à época da privatização, em 1998. "O levantamento deveria ser feito dentro da companhia, em termos precisos, com todos os bens móveis, por exemplo. Essa informação é de difícil acesso para nós. Quando falamos em Eletropaulo, estamos falando em cifras estratosféricas. A companhia tem um milhão e 100 mil postes, ao custo de R$ 370 cada um. Acrescentando o custo da instalação e do transporte já teremos R$ 1,3 bilhão. Juntando as linhas de tansmissão, as redes subterrâneas, os transformadores de distribuição, a rede primária e a linha secundária a companhia valeria aproximadamente R$ 6,5 bilhões."

Perguntado pelo deputado João Caramez (PSDB) se estes valores corresponderiam ao ano de 1998 ou ao valor de agora, o relator do grupo de trabalho respondeu que sempre se calcula em dólar e esta moeda na ocasião valia o que está valendo agora. "Em termos de exatidão, e não de precisão, estamos na faixa correta de preço", disse Martins e acrescentou: "estamos fazendo uma avaliação em termos de engenharia. O juiz da 8ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, Sérgio Fernandes de Souza, nos solicitou uma avaliação nestes termos. Não nos cabe entrar nos detalhes (ou no mérito) dos fatos".

Os dois engenheiros declararam que o relatório ainda não está pronto, mas que esperam concluí-lo o mais breve possível. "Queremos terminar o serviço, mesmo porque nós nos oferecemos para fazê-lo, e, após entregar o trabalho ao juiz, traremos o documento à esta comissão."

alesp