A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo sediou nesta segunda-feira, 2/7, sessão solene em comemoração aos 80 anos do Movimento Constitucionalista de 1932. Na cerimônia, houve a outorga do Colar Carlos de Souza Nazareth, concedido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O presidente Barros Munhoz foi um dos agraciados com a honraria. Também receberam o Colar Carlos de Souza Nazareth o presidente da pela Associação Comercial de São Paulo, Rogério Pinto Coelho Amato; o general de Exército Adhemar da Costa Machado Filho; a Polícia Militar do Estado de São Paulo, enquanto instituição; e os empresários Osório Henrique Furlan e Robert Schoueri, ambos membros do Conselho Superior da Associação Comercial de São Paulo. "Homenagem aos 94 deputados" Ao agradecer a honraria recebida, Barros Munhoz elogiou os demais agraciados e as instituições que representam, destacando o papel da Associação Comercial. Disse que recebia o colar com humildade, sabendo que se tratava de uma homenagem aos 94 deputados que compõem a Assembleia Legislativa. Munhoz destacou ainda os diversos papéis do Legislativo: legislar, fiscalizar e também de representar regiões e cidades, trabalhando pelas instituições em defesa da democracia. "Não esmorecer para não desmerecer", foi o dito de Carlos de Souza Nazareth relembrado pelo presidente da Assembleia. Heróis paulistas O deputado Itamar Borges (PMDB) lembrou que a caminhada cívica inicial do Movimento de 1932 partiu da cidade da qual foi prefeito, Santa Fé do Sul. Já Olimpio Gomes (PDT) falou dos "heróis paulistas que pegaram em armas contra um regime ditatorial". Edson Ferrarini (PTB) referiu-se às narrativas que fazia seu pai sobre "os 87 dias que mudaram a história do Brasil". Disse que seu genitor foi combatente da revolução, e que está enterrado no Mausoléu-Obelisco de 1932. Rogério Amato falou das ações das associações comerciais do Estado de São Paulo no Movimento de 1932. Disse ainda que São Paulo, embora derrotado militarmente, foi vencedor, pois em 1934 foi promulgada a Constituição, que contemplou os ideais paulistas. Amato falou ainda dos desafios do Brasil contemporâneo. O deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP) destacou a atuação da Força Pública, atual Polícia Militar, no movimento constitucionalista de 1932. Edimara de Lima, membro do Conselho Cívico e Cultural da ACSP, disse que Carlos de Souza Nazareth "deixou exemplos de civismo e abnegação" e Pedro Paulo Trindade, também do conselho, declamou o poema "Eu te amo, São Paulo" de Paulo Bonfim. O Coral Baccarelli também participou da solenidade.