Museu de Arte - Santino: paisagens repletas de poesia são visões iluminadas de cores naturais


26/09/2012 10:51 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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"Paisagem"<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2012/fg118184.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Santino<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2012/fg118185.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Percorrer as obras de Santino é como realizar um passeio feliz de uma alma serena e encantada. Exigente na composição e puro na cor, sua execução é nítida. Ancorado numa cultura tipicamente figurativa, que não desdenha a livre e hábil interpretação, o artista encontrou no desenho solto e no vigor cromático a matéria mais apropriada para exprimir, através de meios expressivos, o seu autêntico mundo pictórico.

Santino consegue bloquear visões realistas e consuetudinárias revendo-as com uma habilidade pessoal, intuitiva e narrativa. Alcançando uma simplicidade expressiva, descobre sua alma sensível e nos transmite uma poética maneira de observar. O todo nos parece uma alegre explosão da natureza sorridente, com luz clara e cores puras.

Como contos de fada, suas paisagens se constituem um hino à poesia dos campos, dos jardins, das florestas. São límpidas visões iluminadas de cores naturais resplandecentes com as mais preciosas velaturas de verdes.

O clima de contos é acentuado pelas formas que assumem as árvores, nas quais cada composição é dominada pela transparência, pela ordem e pela fantasia. Não podemos esconder que na arte de Santino o que principalmente se aprecia é a atmosfera difundida de ligeiros tremores, de improvisas ascensões onde o tonalismo intimista das visões é surpreendente.

Suas cores refinadas são controladas na tonalidade e na mescla: é a poesia das coisas simples e do sentimentos comuns insubstituíveis, que nasce de uma pintura honesta nas intenções e séria nos resultados, como o demonstram a sobriedade dos meios expressivos e sobretudo a escolha dos temas.

Por amor e escolha cultural, na obra "Paisagem", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o artista se dedica a uma viagem naturalista longe dos modismos ecológicos tão comuns na arte de nossos dias.



O artista

Santino, pseudônimo artístico de Santino Jaime Mauro, nasceu em São Paulo em 1934. Estudou pintura e desenho na Escola Técnica Getulio Vargas com o professor Edmundo Migliaccio (1946).

Frequentou por mais de 10 anos a Associação Paulista de Belas Artes inicialmente como sócio e depois como membro do conselho deliberativo. Recebeu orientação artística dos professores Nestor Peres, Mario Zanini e Waldemar da Costa.

Participou das seguintes exposições: 27º, 30º e 34º Salão da Associação Paulista de Belas Artes (1968, 1971 e 1976); 1º, 4º e 5 Salão da Paisagem Paulista (1969, 1972 e 1973); 1º Salão de Santana do Parnaíba (1970); 6º Salão da Primavera (1974); Salão Comemorativo do Centenário de São Caetano (1977); 1º Salão Ararense de Artes Plásticas (1978); 1º Salão de Artes Plásticas de Matão (1979); 1º Salão de Artes Plásticas de Taboão da Serra (1980); VI Exposição Cultural dos Imigrantes (1982); Feira de Artes do Clube Paineiras do Morumbi (1997); Shopping Center 3 (1998); Espaço Cultural do Hospital Albert Einstein; Salão Nobre do S.E. Palmeiras e Espaço Cultural do Clube Ipê, SP (1999); Espaço Cultural do Fórum Pedro Lessa (2001 e 2002); Espaço Cultural da Câmara Municipal de São Paulo, Espaço Cultural Winston Churchill (2002).

Recebeu inúmeros prêmios e menções honrosas nos diversos Salões que participou e possui obras em acervos particulares e oficiais na Itália, França, Suíça, Portugal, Áustria, México, Venezuela, Chile, Brasil e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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