Não há dúvida de que o testemunho visual de Johnny, um fotógrafo artista, é autônomo, expresso e comunicado diretamente, sem mediações verbais, sem precisão de legendas, mas simplesmente por intermédio da autarquia da imagem fotográfica realizada e dimensionada em uníssono com o projeto: no caso uma série de exemplares do reino animal. Esses últimos anos de atividade fotográfica de Johnny constituem, sobretudo, o explícito testemunho de um rigoroso método de transcrição visual, desenvolvido com precisão crítica e uma fervida tensão ideológica. A imagem é um meio de expressão congênito desse fotógrafo que consegue provar como a fotografia possui capacidades autônomas de linguagem e uma eficácia de comunicação que deve ser procurada, sobretudo na sua qualificação, na capacidade de reproduzir, de miniaturizar a realidade, enfim, criar uma filtragem, uma síntese impossível de ser obtida se não formos capacitados em desenvolver essa análise. Através de geniais sobreposições, faixas luminosas e um equilíbrio cromático, ele consegue, com habilidade, dar movimento e vida aos seus personagens prediletos. Nas fotografias "Butterfly", "Horse", "Sagui 1" e "Sagui 2", doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, verifica-se que a proposta criativa de Johnny " fotógrafo é uma leitura explícita e imediata, que não exclui, mas ao contrário estimula profícuas meditações filosóficas em defesa da fauna brasileira. O artista Johnny, pseudônimo artístico de Johnny Duarte, nasceu em São Paulo, em 1974 e reside em Cotia, onde instalou seu ateliê. Filho do conceituado fotógrafo Marçal Duarte, iniciou-se na fotografia muito cedo, direcionando seu foco para todo tipo de animais. Formou-se em publicidade e propaganda, passando a trabalhar como design gráfico em diversas empresas de publicidade, na criação e produção gráfica, até se dedicar exclusivamente à fotografia de animais, especialmente cães. Ultimamente seu trabalho está direcionado para a campanha publicitária de cães, em embalagens de produtos específicos de ração e higiene de animais. Recebeu diversos prêmios e medalhas como Leão de Bronze, Cannes, França (2005); Short List, Cannes, França; Festival de Nova York, EUA (2006); Embanews, Jeter Design, São Paulo (2007). Juntamente com Luiz Paulo Luppa publicou em 2006 o livro "Os princípios da competição empresarial" pela editora Landscape. Suas obras foram selecionadas para o livro "Itália " Brasil Arte 2007" e para participar da 7ª Bienal de Arte Internacional de Roma, a realizar-se em janeiro de 2008. Possui obras em diversas coleções particulares, nos Estados Unidos, na Europa, no Brasil e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.